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PF investiga denúncias de furto do motor da embarcação encontrada à deriva com corpos no Pará

Entre as denúncias, está a de que o motor do barco valeria R$ 100 mil e, possivelmente, teria sido comercializado por R$ 10 mil

Saul Anjos
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A Polícia Federal investiga se o motor da embarcação encontrada à deriva em Bragança, litoral paraense, no último final de semana, foi furtado. Essa apuração feita pela PF tem como base denúncias de que a embarcação encontrada no dia 13 deste mês teve os motores furtados. Em Augusto Corrêa, no nordeste do Estado, policiais federais, com o apoio da Polícia Militar, estiveram na cidade para verificar essas informações nesta terça-feira (16). 

Entre as denúncias, está a de que o motor do barco valeria R$ 100 mil e, possivelmente, teria sido comercializado por R$ 10 mil. De acordo com a PF, a investigação preliminar, porém, não encontrou indícios dos fatos mencionados na denúncia. Uma fonte ligada à polícia contou à redação integrada de O Liberal que, durante as diligências, foi esclarecido que um motor alvo da investigação da PF, na verdade, se tratava de um que "havia vindo da cidade de Vigia”, e que não tinha ligação com a embarcação encontrada em Bragança.

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Em entrevista, o superintendente da Polícia Federal no Pará, José Roberto Peres, declarou que foram coletadas várias informações sobre casos semelhantes para que fosse montada uma linha de investigação

A embarcação e os oito corpos que estavam dentro dela foram encontrados por pescadores na Baía do Maraú, no sábado (13). Quando a PF chegou ao local, o barco estava sem motor.

Após concluir o reboque da embarcação, a Marinha do Brasil disse que ela tinha sido fabricada com fibra de vidro e com cerca de 13 metros de comprimento, e que havia sido encontrada sem motores ou quaisquer sistemas de propulsão e direção. Além disso, não apresenta sinais de danos estruturais, indicando não ter passado por naufrágio.

A embarcação já foi periciada no Instituto Médico Legal (IML) de Bragança e agora se encontra na Base Naval de Val de Cães, em Belém, onde será periciada por técnicos da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), para o Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação, já instaurado pela CPAOR.

Em nota, a Capitania dos Portos explicou que o objetivo da perícia é "buscar indícios que esclareçam as causas do acidente". Serão analisados, ainda, elementos que indiquem a origem da embarcação. A Marinha do Brasil coloca à disposição do cidadão os telefones do Disque Emergências Marítimas e Fluviais (185) e da CPAOR, (91) 3218-3950 ou (91) 98134-3000, para receber informações a respeito de qualquer situação que possa afetar a salvaguarda da vida humana no mar e vias navegáveis, a segurança da navegação, ou que represente risco de poluição ao meio hídrico.

 

Investigações do MPF

Ainda no sábado (13), data da localização da embarcação, o Ministério Público Federal (MPF) informou que abrirá duas investigações para apurar o caso.

O procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, determinou a abertura de investigação na área criminal e de investigação na área cível, que será realizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para a defesa de direitos humanos.

Uma investigação criminal foca em eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal de autores. A investigação cível concentra-se em questões de interesse público e na proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes.

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