Operação Curupira: MPF diz que grupos tentam impedir operações contra crimes ambientais no Pará
Segundo o MPF, lideranças políticas e empresários rurais estariam articulando formas de evitar ou atrapalhar a operação que ocorre em pelo menos 15 municípios
O Ministério Público Federal (MPF) abriu apuração, nesta sexta-feira (24), para acompanhar e apoiar a realização de uma operação de combate a crimes ambientais no sudeste do Pará. Segundo a imprensa da região, lideranças rurais e políticas contrárias à operação estariam se unindo para tentar impedi-la. O objetivo do MPF é auxiliar na identificação de áreas de garimpo ilegal e trocar informações com outras instituições para garantir a eficiência das investigações e para responsabilizar autores de ilegalidades, incluindo eventuais tentativas de barrar os trabalhos de fiscalização da operação Curpira, coordenada pelo Governo do Estado.
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Os trabalhos de fiscalização da operação estão concentrados na Área de Preservação Ambiental Triunfo do Xingu, em São Félix do Xingu e Altamira. Segundo o despacho que determinou a abertura da apuração, "...embora os trabalhos tenham se concentrado em Unidade de Conservação estadual, sejam oriundos de decreto estadual e, portanto, executados por órgãos estaduais, os indícios de exploração indevida de matéria prima pertencente à União denota possível competência federal. Por isso, é necessário o acompanhamento das operações pelo MPF".
A Operação Curupira é resultado de levantamento realizado pelo estado do Pará que constatou que 15 municípios concentram a maior parte das áreas de desmatamento do estado: São Félix do Xingu, Pacajá, Novo Progresso, Itaituba, Portel, Senador José Porfírio, Novo Repartimento, Uruará, Rurópolis, Placas, Trairão, Jacareacanga e Medicilândia. Também constam da lista Altamira e Anapu.
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