ONG de proteção aos animais emite nota de repúdio por morte de gato durante briga de casal
O disparo realizado pelo homem acabou atingindo uma criança de 11 anos, que passou por cirurgia e um gato, que morreu no local
A Associação dos Amigos e Protetores dos Animais e do Meio Ambiente de Parauapebas (Apama) emitiu nota de repúdio, na manhã desta segunda-feira (31), contra a morte de um gato abatido a tiros por um homem que, por não aceitar o fim do relacionamento com a ex-companheira, disparou contra ela, mas, acabou atingindo o animal e também uma criança.
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Em nota, a Apama repudiou o crime e destacou que os animais são amparados pela Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que no Artigo 32 estabelece como crime atos de "abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos". Em caso de morte do animal, a pena é aumentada em um terço.
A presidente da Apama, Byancka D'Lavor, informou que as instituições estão acompanhando o caso de perto e lamenta que a morte do animal não tenha sido citada nos autos do processo e tampouco na audiência de custódia do suspeito, que segue preso.
O Ministério Público do Estado foi acionado através da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) para apurar o caso. Deputados ligados à causa animal protocolaram pedido para que Elias Fernandes Barros responda pela morte do gato, conforme previsto pela Lei Sansão, que criminaliza os maus-tratos a animais.
“O que a gente espera enquanto ONG de proteção e órgão fiscalizador dos direitos dos animais é que ele pague, sim. Não somente pelos crimes que ele cometeu contra a vida humana, mas também contra o animal indefeso. Por isso, estamos acompanhando de perto este caso, e queremos que ele responda legalmente”, frisou Byancka D' Lavor.
Para Byancka, a tragédia poderia ter sido maior, já que a bala que atingiu o gato também acabou ferindo uma criança. “O tiro que atingiu o animal evitou a morte do garoto, pois, ao perfurar o corpo da criança a bala já havia perdido a velocidade”, detalhou.
Relembre o caso
O caso aconteceu no dia 24 de outubro, em Parauapebas, sudeste do Pará, quando inconformado com o fim do relacionamento, Elias Fernandes Barros, de 35 anos, invadiu a residência da ex- companheira armado com uma pistola 9 mm, no propósito de atentar contra a vida dela. O disparo acabou atingindo uma criança de 11 anos e um gato de estimação, que acabou morto.
O garoto foi socorrido e encaminhado para o Hospital Geral de Parauapebas (HGP), onde passou por cirurgia. O caso revoltou a população do município, principalmente das entidades ligadas à causa e proteção dos animais.
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