Naufrágio na Ilha de Cotijuba: Justiça nega pedido soltura comandante da lancha Dona Lourdes II
Defesa deve recorrer à decisão.
Nesta quinta-feira (3), o juiz Eduardo Antônio Martins Teixeira, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, negou o pedido de revogação da prisão preventiva do comandante da lancha "Dona Lourdes II", Marcos de Souza Oliveira, 34 anos. No dia 28 de outubro, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) havia dado parecer favorável à soltura do acusado. A decisão foi publicada no processo número: 0816874-55.2022.8.14.0401.
“Considerando a gravidade concreta do delito praticado e potencialidade lesiva deste, entendo imprescindível a manutenção de seu encarceramento ante à necessidade de resguardar a ordem pública e pela garantia da aplicação da lei penal, ante o risco real de fuga, considerando o procedimento perpetrado pelo custodiado após a ocorrência dos fatos”, diz o juiz Eduardo Antônio Martins Teixeira em um trecho do processo.
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Luis Felippe, um dos advogados do comandante da embarcação, afirmou que a defesa vai recorrer da decisão. Já o advogado que representa duas famílias das vítimas do naufrágio, Marco Pina, disse que a decisão foi certa, levando em consideração os riscos de fuga de Marcos Oliveira.
O naufrágio da lancha
A lancha "Dona Lourdes II", de responsabilidade do comandante Marcos de Souza Oliveira, naufragou no dia 8 de setembro deste ano, na Baía do Marajó, próximo à Ilha de Cotijuba, em Belém. O naufrágio resultou na morte de 23 pessoas (13 mulheres, seis homens e quatro crianças). Os sobreviventes foram 66.
No dia 18 de outubro, mais de um mês após a tragédia, o corpo da última vítima do naufrágio, Sofia Loren, de quatro anos de idade, foi identificado após passar por exame de DNA.
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