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Naufrágio na Ilha de Cotijuba: novo processo licitatório será aberto para reflutuação da lancha

O primeiro processo licitatório foi aberto dia 22 de setembro, mas não houve propostas de empresas interessadas em realizar o trabalho; um novo deve ser aberto na próxima quinta-feira, 20, diz Segup

Camila Guimarães
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Um novo processo licitatório para a contratação de empresa responsável pela emersão da lancha 'Dona Lourdes II', naufragada há mais de um mês na Baía do Marajó, deve ser aberto na próxima quinta-feira, dia 20 de outubro - é o que a firma, em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup).

De acordo com a Segup, o primeiro processo, aberto no dia 22 do mês passado, não teve nenhuma proposta de empresa interessada em realizar o trabalho. Por isso, conforme a legislação prevê, nova abertura será feita a partir das 9h da próxima quinta-feira, 20.

A reflutuação da lancha, conforme afirmou o secretário de segurança pública, Ualame Machado, em entrevista anterior à redação integrada de O Liberal, é um processo importante para a devida continuidade nas investigações que apuram as causas do acidente.

“Diante do impasse dos responsáveis [pela reflutuação da lancha], faremos a retirada para que, em solo, outras averiguações sejam realizadas e as causas também sejam devidamente apuradas”, disse o secretário.

A Segup já havia informado que a responsabilidade pela retirada da embarcação do rio era dos proprietários da lancha, porém, eles haviam afirmado, em depoimento à polícia, que não tinham confições financeiras de realizar o trabalho. A Marinha do Brasil também se posicionou dizendo que não faria o procedimento.

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O naufrágio da lancha

A lancha 'Dona Lourdes II', de responsabilidade do comandante Marcos de Souza Oliveira, naufragou no dia 8 de setembro deste ano, na Baía do Marajó, próximo à Ilha de Cotijuba, em Belém. O naufrágio resultou na morte de 23 pessoas (13 mulheres, seis homens e quatro crianças). Os sobreviventes foram 66.

O comandante da lancha foi indiciado por 'homicídio com dolo eventual', crime que se refere a quando determinada pessoa prevê que suas atitudes podem resultar na morte de outra, contudo, mesmo assim, prossegue com a ação, assumindo o risco de matar. Ele segue preso e à disposição da Justiça.

Nesta terça-feira, 18, mais de um mês após a tragédia, o corpo da última vítima do naufrágio, Sofia Loren, de quatro anos de idade, foi identificado após passar por exame de DNA. A família vem de Salvaterra para a capital do estado realizar a liberação do corpo.

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