'Naldo Bucheiro' é morto a tiros na frente do filho em Vitória do Xingu
A vítima era presidente da Associação dos Pequenos Agricultores e liderança na luta pela terra na região.
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Edinaldo Palheta da Cunha, de 45 anos, foi morto a tiros na frente do filho adolescente quando retornavam para casa na noite da última segunda-feira (10/02), na cidade de Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. A vítima morta, conhecida como “Naldo Bucheiro”, era presidente da Associação dos Pequenos Agricultores e liderança na luta pela terra na região. Ele trafegava em uma motocicleta com o filho, de 11 anos, pela estrada do Ramal Água Boa quando foram abordados por dois homens que também estavam em uma moto.
Segundo as informações iniciais, o crime ocorreu por volta de 22h. Naldo havia acabado de sair do estabelecimento em que vendia churrasco, no centro da cidade, e ia para a casa com o filho. Os dois suspeitos de moto alcançaram a vítima e o mandaram parar o veículo. Edinaldo não obedeceu e tentou retornar para a cidade na moto. Neste momento, os relatos preliminares são que um dos suspeitos fez um disparo.
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A vítima caiu da moto e correu para tentar se esconder em uma área de mata. No entanto, os suspeitos dispararam mais três vezes em Edinaldo, que caiu na estrada. A dupla de suspeitos fugiu. O filho de Edinaldo presenciou tudo e correu para uma casa próxima em busca de ajuda. No entanto, quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência chegou ao local, a vítima já havia morrido. A Polícia Militar esteve no local e realizou o primeiro levantamento do caso. A Polícia Civil e Científica também estiveram na cena do crime. Ainda não há informações sobre quem seriam os suspeitos.
Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Vitória do Xingu investiga o caso sob sigilo. "Perícias foram solicitadas", comunicaram.
Naldo Bucheiro era um dos atingidos após a criação de Belo Monte e presidia a Associação dos Pequenos Agricultores do Km 40, entidade formada por 228 famílias que ocupam uma área no município. Segundo agricultores da área, a comunidade vem sofrendo pressão de fazendeiros locais.
Denuncie
Quaisquer informações que possam ajudar na solução do caso podem ser encaminhadas ao Disque Denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Em ambos os casos, não é necessário se identificar.
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