Ação em terra Munduruku causa R$ 32 milhões de prejuízo ao garimpo ilegal
Governo contabiliza 120 intervenções de segurança com autuações, embargos e apreensão de mais de 100 mil litros de combustíveis
A primeira semana da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU), localizada no sudoeste do estado do Pará, causou R$ 32 milhões de prejuízo ao garimpo ilegal. Segundo contabilização do Governo Federal, responsável pela execução das ações, já ocorreram 120 intervenções de segurança executadas, resultando em autuações, embargos e apreensão de mais de 100 mil litros de combustíveis, além de R$ 4,4 milhões em multas, inutilização de maquinário pesado e estrutura de apoio à atividade criminosa.
Além do combate ao garimpo, a operação teve reflexos positivos na segurança pública. Em Jacareacanga, município que abriga quase que a totalidade da TIMU, moradores relataram queda nos índices de crimes como tráfico de drogas e roubos, atribuída ao policiamento 24 horas realizado pela Força Nacional, com suporte da PF e PRF.
De acordo com Relatório Semanal produzido pela Casa Civil da Presidência da República, as ações ocorreram entre 10 e 16 de novembro coordenadas pela Casa Civil e com 20 órgãos federais.
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A operação segue sem registros de ocorrências graves nos primeiros dias. O objetivo é manter o foco em proteger o território indígena e combater atividades ilegais. O relatório também aponta para a necessidade de reforçar e ampliar a fiscalização em áreas próximas à Terra Indígena Munduruku.
A desintrusão visa garantir os direitos da população indígena e respeito ao território, preservando costumes, línguas, crenças e tradições. A operação pretende ainda proteger as riquezas naturais da região, como fauna, flora, rios e minérios, fundamentais para a vida e cultura dos povos indígenas. A força-tarefa atuará para garantir que a lei seja cumprida, removendo invasões e ocupações ilegais da Terra Munduruku, homologada em 25 de fevereiro de 2004.
A ação conta ainda com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) para o monitoramento por satélite e análise de dados geoespaciais, ajudando a localizar áreas estratégicas de atuação. As ações incluem patrulhamento terrestre, aéreo e fluvial, com foco na inutilização de equipamentos e na desarticulação de redes logísticas que sustentam o garimpo ilegal. Um dos maiores dos órgãos governamentais é a capacidade dos garimpeiros de ocultar maquinário e combustível, o que exige aprimoramento contínuo das estratégias operacionais.
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