Chacina de Santa Izabel: ex-policial militar é condenado a 145 anos de prisão
As investigações policiais apontaram que o crime teria sido motivado em retaliação à morte de um homem, amigo do réu e que também seria integrante de grupo criminoso
O ex-policial militar Renato Cardoso do Carmo foi condenado, nesta terça-feira (20), a 145 anos de prisão pela morte de sete pessoas da mesma família. Os assassinatos ocorreram em agosto de 2011 em Santa Izabel do Pará, região metropolitana de Belém. As investigações policiais apontaram que o crime teria sido motivado em retaliação à morte de um homem, amigo do réu e que também seria integrante de grupo criminoso.
Além da morte das sete vítimas, a condenação considerou o crime de formação de quadrilha armada, já que a Justiça constatou que Renato do Carmo integrava grupo de extermínio enquanto atuava como policial da Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam).
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O réu já havia solicitado dois pedidos de liberdade provisória, mas todos foram negados pela Justiça. Durante o julgamento, uma das sobreviventes, Raimunda Moraes Sobral, mãe de três vítimas assassinadas, confirmou que o ex-policial é um dos participantes da chacina, sendo um dos mais agressivos na invasão. Em depoimento, o ex-policial disse que é inocente.
O caso
A chacina de Santa Izabel ocorreu em agosto de 2011, na rua das estrelas, bairro Novo Horizonte. A família dormia quando foi surpreendida pela invasão de homens encapuzados, trajando roupas pretas, capuzes e luvas, fazendo a exigência da entrega de armas, porém no local não havia nenhum armamento.
As sete pessoas foram agredidas, obrigadas a deitar no chão e executadas por disparos de armas de fogo. Dentre a chacina, seis pessoas morreram no local e uma foi socorrida, levada ao hospital, mas após dois dias não resistiu e morreu. Houve sobreviventes, entre eles os donos do imóvel e mais três crianças.
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