Suspeito de envolvimento na morte do ex-policial 'Cilinho' é julgado em Belém
O réu é um dos suspeitos de alugar um imóvel em frente à residência da vítima para cometer o assassinato
Raimundo Rafael da Cunha Amorim, vulgo “Camuflado”, é julgado na manhã desta terça-feira (5), em Belém, suspeito de envolvimento na morte do ex-policial militar da reserva, Otacílio José Queiroz Gonçalves, conhecido como “Cilinho”. O homicídio, que ocorreu em 23 de abril de 2023, é julgado pela 2ª vara do tribunal do Júri. Conforme as investigações, o réu é um dos indiciados por alugar um imóvel em frente à residência da vítima para cometer o assassinato.
Durante a fala com o juiz Homero Lamarão Neto, o réu alegou que não tem participação no homicídio. Segundo ele, quando foi preso, teria sido espancado. Raimundo Rafael disse que ao chegar na delegacia teria assinado vários documentos sob tortura. Também contou que relatou a situação para a juíza na audiência de custódia.
Na audiência, as testemunhas de defesa e acusação ainda seriam ouvidas. A previsão é que a sentença sobre o caso seja divulgada ainda nesta terça-feira. A Redação Integrada de O Liberal acompanha o caso e trará mais informações durante o decorrer do julgamento.
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Cilinho
O agente de Segurança "Cilinho" foi morto na manhã do dia 23 de abril de 2023. Ele foi alvejado com disparos de arma de fogo, na pasagem João de Deus, entre Popular e Joana D´Arc, no bairro do Guamá, e acabou morrendo no HPSM do Guamá. As primeiras informações sobre o crime foram de que três suspeitos em uma moto vermelha balearam a vítima. Esses suspeitos haviam alugado um kitnet em frente à casda de "Cilinho", indicando se tratar de uma execução premeditada.
O ex-agente de segurança teria sido atingido por 10 tiros. "Cilinho" estaria saindo de casa quando foi cercado pelos três homens. O crime foi praticado por volta das 10h30 daquele domingo, 23 de abril de 2023.Segundo informações do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), "Cilinho" havia sido condenado, em 2017, a 29 anos de prisão por homicídio qualificado e crime de milícia privada. De acordo com o TJPA, a pena foi relacionada ao assassinato do jovem Eduardo Felipe Chaves, de 16 anos.
Eduardo foi morto na 'Chacina de Belém', como ficou conhecida uma sequência de homicídios ocorridos entre os dias 4 e 5 de novembro de 2014. Essa sequência de mortes se deu após o assassinato do cabo PM Pety. Ele era suspeito de estar envolvido em milícia no bairro do Guamá. Logos a morte dele, 11 pessoas foram assassinadas nos dias 4 e 5 de novembro de 2014, em bairros da periferia de Belém.
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