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Caso Yasmin: Pai do dono da lancha é ouvido pela Polícia

Foi a primeira das chamadas "testemunhas indiretas", pessoas com relatos e informações que podem elucidar pontos específicos das pessoas envolvidas no caso

João Paulo Jussara
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Marco Antônio Souza, pai de Lucas Magalhães, dono da lancha na qual a influencer e universitária Yasmin Cavaleiro de Macêdo estava quando morreu, em dezembro de 2021, foi ouvido pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará. O depoimento foi nesta quinta-feira (3). O depoente é gerente da marina de onde partiu a lancha no passeio pelo rio Maguari. Agora falta apenas uma testemunha ser ouvida, e a expectativa é de que, até o mês de março, a investigação passe para a fase da reprodução simulada dos fatos.

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O pai de Lucas entrou e saiu sem dar qualquer declaração à imprensa, com quase duas horas de depoimento. Para o Caso Yasmin, Marco é considerado uma testemunha indireta, ou seja, não estava na cena do crime, mas pode ajudar a elucidar pontos chaves, como perfis dos envolvidos. A ideia é confirmar algumas coisas sobre Lucas e a possível relação com a influencer. Outro depoimento estava previsto para esta quinta, mas foi adiado porque a testemunha apresentou um problema de saúde.

"Falta apenas o depoimento de mais uma pessoa, que está acometida de covid-19 e será ouvida na próxima semana: o primo de Lucas, Hugo. Ele trabalha na Marina e será ouvido na condição de testemunha. Ele não estava na cena do crime, mas estava na marina durante o tempo em que foi tentado localizar o corpo da Yasmin", explicou o delegado Luís Xavier, subdiretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

Há uma suspeita de que uma das armas presentes na lancha seria de Marco Antônio. esse ponto, por sinal, é um dos mais contraditórios: o médico legista Euler Magalhães diz que houve disparos e que havia mais de uma arma na embarcação. Já Lucas Magalhães, proprietário da lancha, diz que não houve qualquer disparo e que não havia armas no local. O próximo passo agora é a reprodução simulada, que deve ocorrer, no máximo, até o mês de março.

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"Nós já encaminhamos o inquérito para a Polícia Científica, eles têm que ler todos os depoimentos e, numa data futura, será feita a reprodução simulada dos fatos. Então a gente acredita que a própria Polícia Científica deve marcar para fevereiro ou março, até porque são muitas providências a serem tomadas. Nós acreditamos que deve ser feito, no mais tardar, em março, mas isso depende da perícia", pontuou o delegado Luís Xavier.

Após a reprodução simulada, o relatório final das investigações deverá ser concluído e encaminhado à justiça, como explicou o delegado Cláudio Galeno, diretor da DH. "Ao nosso ver, após a reprodução simulada, feita pela Polícia Científica do Pará (PCP), nós apenas ficaremos adstritos ao relatório final e encaminhamento para o poder judiciário", concluiu.

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