Caso Yasmin: lancha segue apreendida pela Polícia Civil, afirma defesa do dono da embarcação
Uma denúncia sobre o suposto desmonte e venda da lancha havia sido feita pelo perfil do Instagram “Justiça por Yas”, criado pela mãe de Yasmin, a professora Eliene Fontes, para pedir justiça ao caso, cujas investigações já passam dos cinco meses e está na fase da reconstituição
A defesa do empresário e suspeito Lucas Magalhães de Souza, proprietário da lancha onde estava a jovem Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo antes de morrer, no dia 12 de dezembro do ano passado, se manifestou, na tarde desta quarta-feira (25), negando o suposto desmanche e venda da embarcação. Procurada pela reportagem, a defesa de Lucas afirmou que a lancha continua apreendida pela Polícia Civil do Pará (PCPA). Também foi feito contato com a PC, para que se manifestasse sobre o caso. Por nota, a corporação apenas informou que “o inquérito segue sob sigilo”.
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A defesa de Lucas Magalhães, em nota enviada à reportagem de OLiberal.com, afirma que a lancha segue sob tutela da PC. “A embarcação permanece apreendida pela Polícia Civil do Estado do Pará e tendo seu legítimo proprietário como fiel depositário, devendo cuidar e zelar pelo bem que é objeto de investigação, como assim tem feito”, diz o comunicado, assinado pelos advogados Antônio Tourão, Paulo Maia e Frank de Souza.
“Dessa forma, frisamos as inverdades quanto à informação deste suposto desmonte e venda da lancha, a mesma continua apreendida, preservada em sua integridade, em local certo e sabido por partes das autoridades policiais”, garante a nota.
A denúncia havia sido feita no perfil do Instagram “Justiça por Yas”, criado pela mãe de Yasmin, a professora Eliene Fontes, para pedir justiça ao caso, cujas investigações já passam dos cinco meses e está na fase da reconstituição.
De acordo com a publicação do perfil “Justiça por Yas”, no último dia 11 de maio, quando equipes da Polícia Civil e Polícia Científica do Pará teriam chegado à marina particular, pertencente à família de Lucas, para realizar a terceira etapa da reprodução simulada dos fatos supostamente haviam se deparado com um mecânico retirando os bancos e a estrutura de som que a embarcação possuía, possivelmente para vendê-la.
A publicação diz, ainda, que o mecânico e o gerente da marina, Hugo Magalhães, primo de Lucas, foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento sobre o que seria um “descumprimento de ordem judicial” e “do local de prova”, segundo a publicação, uma vez que na noite do dia 12 de dezembro tudo, inclusive disparos de arma de fogo, teria acontecido dentro da lancha.
Procurado, o advogado da família de Yasmin, Luiz Araújo, disse que tem acompanhado os desdobramentos do caso e que a polícia tem tomado todas as providências cabíveis para a conclusão do Inquérito Policial (IPL). A reportagem de OLiberal.com entrou em contato com Eliene Fontes, mãe de Yasmin.
Ela confirmou o que diz a publicação. “A reconstituição final não aconteceu dia 11, porque ele desmontou a lancha. Mais um crime para ele. Mas a polícia não pode prender, porque se prender terá somente dez dias para acabar o inquérito e a terceira fase da reconstituição já está marcada”, explicou Eliene Fontes. “A polícia e os peritos chegaram lá e estava sem som, sem bancos e o desmontador estava lá. Foram para a delegacia prestar depoimento. Agora ele tem que remontar a lancha”, completou.
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