Açaí com papel? Homem é preso após ser flagrado adulterando o alimento
A prisão aconteceu durante uma ação fiscalizatória, que vem sendo feita desde o início desta semana e que resultou na interdição de 14 estabelecimentos que vendiam açaí
Um homem foi preso pelo crime de desobediência na quinta-feira (6/2), no bairro da Condor, em Belém, durante ação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) que fiscalizou e combateu estabelecimentos de venda de açaí em desacordo com as normas sanitárias. Em um dos pontos de comercialização e que resultou na prisão do suspeito, as autoridades, descobriram a presença de celulose no açaí que era vendido, ou seja, papel. Durante quatro dias de operação, 22 pontos de venda foram vistoriados nos bairros Condor, Guamá, Cremação, Jurunas, Canudos e Terra Firme. Como resultado, 14 estabelecimentos foram interditados e 8 receberam notificações por irregularidades.
A suspeita de adulteração no produto veio a partir de uma denúncia sobre o espaço, que já não tinha não tinha licença para funcionar e havia sido interditado. Foi a partir de uma análise do Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) de uma amostra coletada do estabelecimento que veio a confirmação de celulose no açaí.
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“Se você imaginar que Belém tem aproximadamente 8 mil batedeiras de açaí, a gente tem que fazer um trabalho assim para que eles (vendedores) possam se conscientizar e procurar a Vigilância Sanitária”, disse Érica Almeida de Sousa, promotora do Núcleo de Defesa do Consumidor do MP, durante entrevista à TV Liberal.
Em 2024, foram notificados 289 pontos de venda de açaí por irregularidades. Desse total, somente 90 realizaram as adequações necessárias e conseguiram a licença de funcionamento. “Estamos intensificando (a fiscalização) em Belém porque é a maior população do estado e de consumidores açaí”, pontuou a promotora Érica à TV Liberal.
Sobre a prisão que aconteceu na ação, a Polícia Civil informou que "o proprietário do estabelecimento foi encaminhado à Seccional da Cremação após remover o informativo de interdição fixado pela vigilância sanitária e retomar as atividades de forma irregular". Ele foi ouvido e liberado.
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