Veraneio: Marinha dá dicas sobre como identificar se uma embarcação é segura

Entenda o que é importante observar sobre coletes salva-vidas e outros itens de segurança

Camila Guimarães

Prestes a realizar duas operações ao longo do mês de julho que vão intensificar as fiscalizações nos rios do Pará - a “Navegue Seguro” e "Travessia Segura 2024" - a Marinha do Brasil (MB) também forneceu uma série de orientações sobre como saber se uma embarcação está ou não apta para o transporte seguro de passageiros. As informações foram compartilhadas em coletiva de imprensa, na tarde desta quinta-feira, 27, pelo Capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Capitão de Mar e Guerra Ewerton Rodrigues Calfa, que também deu detalhes das operações que serão realizadas em julho no Pará.

A operação “Navegue Seguro”, que vai de 1º a 31 de julho, tem como objetivo fiscalizar embarcações de esporte e recreio, como lanchas, iates e jet skis. Já a Campanha “Travessia Segura 2024”, prevista para o período de 5 a 14 de julho, fiscalizará as embarcações de transporte de passageiros, turismo náutico e travessia de passageiros. De acordo com o capitão Calfa, as iniciativas são a intensificação de um trabalho que já é feito de maneira corrente pelo órgão e buscam garantir um veraneio sem acidentes. Porém, para além do trabalho desenvolvido pela Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), é imprescindível a participação do passageiro no alerta às irregularidades.

"A postura do passageiro para a prevenção de acidentes deve ser uma postura de cobrança - é ele ter em mente de procurar uma boa empresa, uma boa embarcação, em bom estado de conservação, que ele veja onde está o colete que ele vai utilizar em caso de necessidade, que não haja indício de superlotação, que os tripulantes estão devidamente uniformizados e que ele seja informado por algum tripulante como colocar corretamente o colete salva-vidas e quais os protocolos de segurança. Se ele vir que está entrando em uma embarcação sem a segurança devida, ele tem que abortar a viagem e acionar a Capitania dos Portos, que será feito a devida avaliação e tomadas as devidas providências," orienta o capitão.

image Capitão de Mar e Guerra, Ewerton Rodrigues Calfa, fala sobre as operações de segurança fluvial para o veraneio no Pará. (Carmem Helena / O Liberal)

Segundo o capitão Calfa, é interessante que os passageiros tomem o cuidado de observar critérios que as embarcações precisam atender para serem consideradas seguras. Em geral, eles são os mesmos que são analizados pelos profissionais durante as fiscalizações

"Nós checamos se a embarcação está inscrita na Capitania dos Portos, se a tripulação está completa, se ela é devidamente habilitada, se tem todos os itens de segurança, como coletes salva-vidas, balsas salva-vidas e extintores de incêndio, se ela tem indícios de superlotação e o estado geral de conservação da embarcação também", detalha o porta-voz. "A orientação é que procure se inteirar quais são as regras de navegação, tirar dúvidas com a Capitania dos Portos e, se ele observar alguma infração, que ele denuncie que nós, prontamente, enviaremos uma equipe para apurar a denúncia".

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Importante saber para uma navegação segura

A superlotação é um dos maiores riscos durante viagens ou travessias em embarcações. O capitão Calfa afirma que toda embarcação deve ter, em um local visível, uma placa informando sobre a capacidade máxima de passageiros. "Se ela estiver com aspecto de que está superlotada, chame alguém da tripulação, questione a capacidade máxima e, se se sentir inseguro, saia da embarcação, não faça a viagem", adverte.

Outro item essencial são os coletes salva-vidas que precisam observar três critérios: quantidade, qualidade e acessibilidade. "O colete tem que ter em quantidade suficiente e qualidade suficiente. Ele precisa estar em boas condições. A quantidade de coletes salva vidas precisa ser 110% o número máximo de passageiros que a embarcação comporta, ou seja, é preciso ter um excedente de 10%", esclarece Calfa.

"A embarcação tem que ter coletes específicos para crianças, já que os coletes têm categorias diferentes, com determinação do peso máximo que cada modelo comporta. Em embarcações cobertas, a pessoa pode viajar com o colete em um local de fácil alcance, mas, em embarcações abertas, como as rabetas, por exemplo, ele só pode viajar vestindo o colete. Um colete em bom estado não pode estar avariado e deve proporcionar ao usuário 24 horas de flutuabilidade mesmo se a pessoa estiver inconsciente", detalha.

O capitão também orienta que não se deve viajar se estiver com tempestade à vista e nem após o pôr-do-sol, caso a embarcação não tenha um sistema de iluminação próprio para viagens noturnas. Ele também alerta para a ingestão de álcool antes de viajar, principalmente, neste caso, para quem vai pilotar uma embarcação.

"O que ainda acontece bastante é a condução de embarcação após ter feito ingestão de bebida alcoólica ou outras substâncias. Por isso, as equipes da Capitania estarão com etilômetro, realizando testes de alcoolimetria. Caso seja constatado, essas pessoas serão conduzidas à Delegacia. Isso é crime", alerta.

Todas as medidas de segurança também servem para a preservação do meio ambiente, uma vez que o combate à poluição dos rios também é um objetivo das operações, conforme explica o capitão: "Ao evitar que embarcações em mau estado de conservação e com equipe mal habilitada circulem, a gente reduz as chances de colisões e isso também é pela conservação do meio ambiente, uma vez que, em um acidente, aumenta a possibilidade de vazamento de óleo e combustível na região".

Onde denunciar embarcações irregulares

  • Via telefone da Capitania dos Portos: (91) 3218-3950
  • Via ligação e Whatsapp: (91) 98134-3000
  • Via e-mail/ouvidoria: cpaor.ouvidoria@marinha.mil.br
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