Vendaval que deixou Moju e Tailândia sem energia pode voltar a ocorrer no Pará

Eventos como esse já foram registrados, na semana passada, em Parauapebas e Tucumã

Dilson Pimentel
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O vendaval que derrubou uma torre de energia, entre Tailândia e Moju, no domingo (18), pode voltar a acontecer no Pará. Além desse evento, houve registros, na semana passada, em Parauapebas e em Tucumã

O meteorologista Antonio Sousa, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), explicou que, principalmente na região amazônica, o mês de setembro funciona como transição entre o período seco e o período chuvoso. Geralmente, nessa época, é comum o desenvolvimento dessas nuvens Cumulonimbus, que se desenvolvem muito abruptamente.

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E, no interior dessas nuvens, há correntes de vento para cima e para baixo. E, pela intensidade em sua formação, algumas vezes essas correntes de vento escapam da base das nuvens e atingem o solo. E isso explica a ocorrência desses vendavais. 

Ventos podem chegar até a 100 quilômetros por hora

Esses ventos podem chegar a até 100 quilômetros por hora. No entanto, como disse o meteorologista Antonio Sousa, esses eventos são localizados em uma determinada região. “Por isso algumas vezes é difícil dele ser observado e ter algum registro. Eles ocorrem de forma muito isolada”, afirmou, “Quando eu me refiro à questão de isolado, eles abrangem uma área específica. Por exemplo, não vai ter um evento desse em que os ventos vão atingir toda a Grande Belém, digamos assim. Não. Eles atingem pontos isolados da região”, reforçou.

Em algumas situações, como ocorreu em Parauapebas, na semana passada, e dependendo da área em que esse vento acaba se concentrando, há o destelhamento de casas e galhos de árvores podem ser arrancados. Podendo, inclusive, resultar no episódio registrado agora entre Moju e Tailândia, que culminou na queda de uma torre de transmissão

Por isso, alerta o meteorologista, podem ocorrer novos eventos. “Não se descarta essa situação, principalmente nesse período de transição entre o período seco e o período chuvoso, que é justamente esse mês de setembro até o início de outubro”, disse.

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No entanto, não são todas as chuvas vêm acompanhadas dessas situações. “São apenas alguns aglomerados específicos de nuvem que acabam pegando o desenvolvimento mais abrupto do que o restante do sistema”, afirmou. Uma chuva intensa demora em torno de 30 minutos. Uma rajada de vento dura dois, três minutos, no máximo cinco minutos. É o período que ele ocorre, afirmou.

O que fazer durante chuvas intensas?

Em eventos de chuvas intensas com trovoadas e risco de vendavais, Antônio Sousa recomenda que as pessoas que estiverem em suas moradias permaneçam dentro de casa. O imóvel é um local que tende a ser mais seguro em relação a quem está na rua.

Quem estiver dentro dos seus veículos também devem permanecer dentro dos automóveis. “Não só para a proteção da questão de vendaval, mas também de descargas elétricas e de raios que sempre acompanham esses eventos”, afirmou.

E quem eventualmente estiver numa área livre, descampada, deve tentar evitar ficar próximo de árvores.  As árvores, até pela altura elevada em relação ao solo, tendem a atrair descargas elétricas, como também podem ser inicialmente as mais danificadas pela rajada de vento. E, nesses casos, pode haver a queda de galhos e, inclusive, da própria árvore.

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