UEPA estimula maior participação feminina em pesquisas científicas através do Projeto Astrociência
A iniciativa busca combater a sub-representação feminina no campo, sobretudo na área de Exatas
A Universidade do Estado do Pará(Uepa), realiza o projeto “Astrociência: meninas na Ciência no Pará”, com o objetivo de incentivar a participação das mulheres nos campos de pesquisa científica, sobretudo na área de Exatas.
A iniciativa tem o objetivo de demonstrar que é possível realizar uma divulgação científica de qualidade e gratuita, mesmo em condições adversas e com baixo orçamento, e ainda conseguir trazer os desafios em popularizar e encorajar o acesso de meninas de diferentes condições, sociais e econômicas nas diversas áreas das ciências, dentre elas Biologia, Física, Matemática e Química e Astronomia.
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Foram disponibilizadas 35 vagas para escolas públicas e privadas, mediante inscrição prévia via edital. As atividades do "Astrociência" envolvem palestras com pesquisadoras de diversas áreas da Ciência, oficinas e atividades prático-experimentais; e ainda projeto de pesquisa dentro dos eixos temáticos propostos, que são meio ambiente, saúde, arte e cultura, e tecnologias.
Concebido como um projeto de extensão no ano passado, o "Astrociência" é de autoria do Coletivo Feminino Taina-kan, que é voltado para alunas das redes públicas eprivadas de ensino, ligado ao Planetário.
No ano de 2023, aproximadamente 25 meninas do Ensino Médio participaram das atividades do projeto, que tem previsão de duração de dois anos. O edital para 2024 deve sair agora em março e será divulgado nas redes sociais do Planetário do Pará e da Uepa
"Esse projeto é necessário porque ainda existem dificuldades na escolha da profissão, geralmente enviesada culturalmente por papeis atribuídos às mulheres. Pesquisas apontam que uma das causas apontadas para a baixa procura de cursos relativos à Ciência & Tecnologia por mulheres é a ausência de modelos a seguir. As meninas não se enxergam seguindo estas carreiras porque não conhecem outras pessoas que tenham escolhido este caminho. Uma das estudantes inclusive passou em Química no Instituto Federal do Pará (IFPA) e disse que foi influenciada pelo projeto. ", explica Bianca Venturieri, uma das professoras responsáveis pelo projeto .
Baixa participação feminina nas áreas de pesquisa
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), apenas um quarto dos pesquisadores no mundo é mulher. No Brasil, as mulheres representam 40% das pesquisadoras doutoras que atuam nas cinco áreas do conhecimento - linguística, letras e artes; engenharias; ciências sociais aplicadas; ciências exatas e da terra; e ciências da saúde, segundo o Open Box da Ciência.
Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de Fabiana Batista, coordenadora do núcleo de Atualidades)
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