Tuberculose: número de casos aumenta em Santarém; diagnóstico precoce é essencial

Em janeiro de 2025, 24 casos já foram confirmados; número registrado no primeiro mês do ano é superior ao total de casos nos dois anos anteriores

O Liberal
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Em 2024, foram notificados e confirmados 191 casos de tuberculose em Santarém, no oeste do Pará. Já em janeiro de 2025, 24 casos já foram confirmados. O número registrado no primeiro mês do ano é superior ao total de casos nos dois anos anteriores, quando foram contabilizados 15 casos em 2023 e 15 casos em 2024. A doença, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, afeta principalmente os pulmões e pode ser fatal se não tratada corretamente.

As informações são da Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Nos serviços de urgência e emergência, os números também chamam atenção. No Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS), foram registrados 9 casos em janeiro deste ano. Em 2024, a unidade atendeu 48 pacientes com a doença, sendo 4 no primeiro mês do ano.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas, o número de diagnósticos saltou de 30 casos em 2023 para 88 em 2024. Em 2025, apenas em janeiro, já foram confirmados 6 casos. Embora o total deste ano ainda esteja no início, o dado reforça a importância da atenção aos sintomas e da busca por atendimento médico.

A tuberculose é transmitida pelo ar, por meio da inalação de partículas eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e reduzir a transmissão.

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Segundo o infectologista Alisson Brandão, que atua no HMS, os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa no final da tarde, suor noturno, cansaço excessivo e perda de peso sem causa aparente. Caso a pessoa apresente esses sinais, especialmente se teve contato com alguém diagnosticado com tuberculose, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica e realização de exames. 

O médico reforça que a tuberculose tem cura, mas o tratamento deve ser seguido corretamente. "O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para evitar o agravamento do quadro e interromper a transmissão. A adesão ao esquema medicamentoso é essencial para evitar recaídas e impedir que a bactéria desenvolva resistência aos antibióticos", explica. 

Tratamento gratuito e prevenção

O tratamento da tuberculose é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e dura, em média, seis meses. Para garantir a eficácia, é essencial seguir corretamente a medicação e comparecer às consultas de acompanhamento. 

Além do tratamento, medidas preventivas como manter os ambientes bem ventilados, usar máscara ao apresentar sintomas e vacinar crianças com a BCG ajudam a reduzir a transmissão. As equipes de saúde seguem monitorando os casos e reforçam a importância da conscientização para o controle da tuberculose no município.

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