Supermercado Cidade se manifesta sobre racismo sofrido por líder comunitária
Estabelecimento afirma que está apurando o fato e tomando as providências necessárias
O supermercado Cidade se manifestou, nesta terça-feira (15), sobre a denúncia feita por Nilza Sacramento Corrêa, líder comunitária conhecida no bairro da Pedreira como Dona Anastácia e que, na sexta-feira (11), foi vítima de racismo em um estabelecimento daquela rede localizado na avenida Pedro Miranda.
O estabelecimento começou informando que está se manifestando “acerca dos fatos veiculados na mídia e em redes sociais que noticiaram a abordagem de uma cliente do estabelecimento por um colaborador, supostamente, motivada por discriminação de cor”.
O supermercado afirma que repudia veementemente qualquer ato discriminatório, "tendo, ao longo da sua história, adotado política de recrutamento de pessoal pautada na diversidade étnica, etária, de gênero, entre outras, a fim de contribuir para uma sociedade cada vez mais inclusiva".
E acrescenta: “Em relação aos seus clientes, o supermercado Cidade não poderia dispensar tratamento que também não estivesse alinhado a esses valores de respeito à dignidade humana. Não por outro motivo, em seus 30 anos de existência, o supermercado Cidade jamais teve seu nome envolvido em qualquer evento que implicasse descrédito à sua política de tratamento igualitário”.
Diz ainda a nota que o supermercado Cidade, atento a uma cultura de melhorias contínuas, está apurando os fatos e tomando as providências necessárias, com o intuito de impedir eventual exposição de clientes, colaboradores e parceiros à desproteção de direitos que se quer ver defendidos”.
No domingo, uma manifestação foi realizada em apoio à líder comunitária
Na tarde de domingo (13), foi realizada uma manifestação em apoio a Nilza Sacramento Corrêa. O ato reuniu lideranças comunitárias, movimentos sociais, representantes da Prefeitura de Belém e da Defensoria Pública do Estado. Um segundo ato está sendo organizado para a próxima quarta-feira (16), dessa vez em frente ao estabelecimento onde o caso ocorreu.
Residente e proprietária de um restaurante no bairro, Nilza conta que entrou no estabelecimento para pesquisar preços de flanelas. Como o valor e a qualidade do produto não lhe agradaram, ela decidiu procurar em outro local. Na saída, a cliente conta que foi abordada por um segurança e recebeu "voz de prisão".
"Quando eu cheguei na porta ele pegou no meu braço e disse 'a senhora está presa por roubar uma flanela que está dentro da sua bolsa'. Nisso ele pegou a minha bolsa, botou em cima do balcão e abriu. Quando ele abriu não tinha flanela", contou.
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