Doença de Chagas: Sespa alerta para ações educativas de prevenção à doença
O Pará vem articulando com outros órgãos do governo e do setor privado para promover a saúde e garantir a não contaminação pela Doença de Chagas
Após cinco pessoas da mesma família originárias do Amapá serem diagnosticadas com a Doença de Chagas, em Breves, no Pará, no último mês de setembro, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) entrou em contato com as equipes da Secretaria de Saúde de Macapá e do Estado do Amapá para esclarecer os detalhes sobre o caso. Na reunião, a equipe da Sespa verificou que foram 10 pacientes diagnosticados. Desses, cinco são paraenses e atendidos em Breves. Os demais são de Macapá e receberam suporte médico no Estado vizinho.
A infecção teria acontecido após a ingestão de açaí supostamente contaminado. Diante disso, a Sespa orienta aos municípios a intensificarem o trabalho preventivo por meio da higienização do fruto açaí, conforme a Lei Estadual 326/2012. A Sespa ainda disponibiliza treinamentos aos profissionais de saúde do município, assessoramento e apoio nas investigações e nas ações preventivas. A instituição reforça que a operacionalização das ações é de responsabilidade municipal.
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Para o controle da Doença de Chagas, é necessário o município realizar ações educativas com a população, fiscalizar os pontos comerciais de açaí e informar a população local como evitar contato com o inseto transmissor conhecido como barbeiro. A Sespa vem articulando com outros órgãos do governo e do setor privado para promover a saúde e garantir a não contaminação pela Doença de Chagas.
Em 2022, foram confirmados 362 casos confirmados da doença. O município com maior número de registros positivos ano passado foi Abaetetuba, com 75 confirmações. Este ano, de janeiro a setembro de 2023, já foram confirmados 259 casos. O município de maior incidência é Cametá com 41 casos confirmados.
Sobre a doença
A doença de Chagas (DC), também conhecida como Tripanossomíase Americana, é uma doença parasitaria negligenciada, que apesar de não ser tão conhecida como a malária e a cólera, afeta de seis a sete milhões de pessoas em 44 países no mundo.
Para romper com o ciclo que envolve a doença de Chagas é fundamental educar as pessoas sobre os fatores de risco de infecção, contar com protocolos de manejo clínico atualizados, profissionais de saúde treinados e a disponibilidade de insumos para a oferta de diagnóstico e tratamento para responder a este problema, que é de saúde pública, com grande impacto socioeconômico nos países da América Latina.
Quais os sintomas da Doença de Chagas?
Os sintomas da Doença de Chagas são variados e das fases da doença. Na fase aguda (que começa logo nos primeiros três meses após a infecção) a maioria dos casos não apresenta sintomas, dificultando o diagnóstico oportuno e o tratamento precoce.
Na fase crônica os infectados podem ter complicações cardíacas ou digestivas, como: arritmias e outros transtornos, no coração; além de dilatação do esôfago (dificuldade para deglutir os alimentos) e no cólon (que se manifesta por constipação). Outros sintomas na fase crônica podem incluir: desmaios, palpitações, dores no peito, inchaço dos membros inferiores e dores abdominais.
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