Reforço escolar: qual a importância e em qual momento procurar
O ensino personalizado pode fazer com que os alunos superem dificuldades

Notas baixas, desmotivação e dificuldade em uma ou mais disciplinas. Ao se depararem com esse cenário na vida escolar dos filhos, é comum que os pais e responsáveis se preocupem e tenham dúvidas de como agir para ajudá-los a contornar os problemas. É nesse momento que o reforço escolar pode ser um grande aliado para que as crianças e jovens tenham sucesso na vida acadêmica, por meio de um ensino personalizado, adaptado às necessidades individuais dos estudantes.
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A desmotivação dos alunos em relação ao processo de escolarização pode ter várias causas, como o processo de ensino-aprendizagem tradicional da sala de aula, o excesso de telas e questões como dificuldade de aprendizagem e transtornos de cunho neurológico, como explica a psicopedagoga clínica e neuroeducadora Lilian Vilhena. O processo de aprendizagem é algo contínuo, e é necessário que os pais sejam compreensivos e não vejam a situação como uma falha pessoal ou incapacidade. Manter um diálogo aberto com os filhos torna possível que os responsáveis percebam as dificuldades e busquem ajuda profissional.
A aprendizagem está ligada com a afetividade, pois ambas são dimensões humanas. “Os primeiros sinais que nós percebemos é a questão da auto-estima, a criança ela afasta ou cria certa repulsa em relação àquele processo de aprendizagem. Pensa que não é capaz de aprender, às vezes chora, às vezes se isola, às vezes não quer ir para a escola, porque encontra essa dificuldade e não quer falar”, observa.
O reforço escolar é uma continuidade da educação, para que o indivíduo consiga superar um componente curricular dificultoso e alcance êxito. “O que o professor não alcança na sala de aula, o professor do reforço vai auxiliar. O processo de ensino-aprendizagem não termina no ambiente escolar e é nesse contexto que o reforço entra para acelerar as aprendizagens”, enfatiza Lilian.
Ainda segundo a profissional, a modalidade educativa é uma mediação entre os alunos e a aprendizagem, e faz com que haja o estímulo e o incentivo à educação formal, pela qual se percebe a importância do conhecimento e da ciência. É uma forma de ajudar na experiência e autoestima do estudante, para que ele consiga aprender e se sinta inspirado a superar as dificuldades específicas nos estudos.
Dificuldade ou transtorno de aprendizagem?
A psicopedagoga explica que a dificuldade nos estudos se relaciona com fatores externos, como problemas familiares e de interação no espaço escolar, como também o uso de telas, por exemplo. Já os transtornos de aprendizagem são alterações neurológicas.
“No caso de dúvida, a equipe multiprofissional, composta por profissionais como fonoaudiólogos, neurologistas e psicopedagogos, por exemplo, pode atuar para ver se existe um transtorno, identificá-lo e operar para que ele não venha prejudicar a aprendizagem”, diz a neuroeducadora.
Game auxilia na aprendizagem de Matemática
Em Belém, uma startup educacional localizada no Parque de Ciência de Tecnologia (PCT) Guamá, do Governo do Pará, desenvolveu um jogo para facilitar o ensino de Matemática - disciplina que, apesar de ser uma ciência presente em vários aspectos do cotidiano, como construções, computadores, entre outros, ainda é tema de dificuldade para muitas pessoas.
“O Matematicando ensina as quatro operações básicas, a famosa tabuada. No jogo, o aluno começa com o básico e depois vai para um nível mais difícil, que usa o gatilho de memória, atividades neurolinguísticas e tudo isso acontece dentro de um ambiente gamificado, que promove o raciocínio lógico”, explica Walter Junior, CEO da iniciativa.
O jogo ‘Matematicando’ é gratuito e está disponível na Google Play e App Store.
Para Walter, a nova geração de crianças e jovens é muito conectada com a tecnologia, o que pode somar para a melhoria do processo de ensino e aprendizado. “O jogo educativo é uma nova forma de reforço escolar, pensando nos nativos digitais que estão o tempo todo dentro desse ambiente de games, conversações e interações”.
Na visão de Walter, é possível aliar o apelo lúdico dos jogos com o aprendizado formal: “É necessário incentivar a inserção nesse mundo para que nós possamos melhorar a compreensão de teorias consideradas difíceis. Essa nova tecnologia é algo realmente que vai mudar a forma de aprender e de ensinar com o uso de metodologia imersiva e da própria inteligência artificial”, afirma.
Ayla Ferreira, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Camila Guimarães, repórter de oliberal.com
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