Profissionais da enfermagem protestam em Belém pelo pagamento do novo piso salarial

Os profissionais de saúde afirmam que o governo estadual não pagou corretamente o piso aos profissionais auxiliares, técnicos e enfermeiros.

Igor Wilson

Na manhã desta terça-feira (24), um grupo de profissionais da Enfermagem se reuniu mais uma vez em frente à Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa), localizada no bairro do Marco, em Belém, para expressar sua insatisfação com a falta de pagamento correto do novo piso salarial, cujo primeira parcela foi repassada pelo governo federal ao Estado no mês passado. Na última sexta-feira, o grupo já havia protestado no mesmo local.

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Os profissionais de saúde afirmam que o governo estadual não pagou corretamente o piso aos profissionais auxiliares, técnicos e enfermeiros. O pagamento irregular tem gerado dificuldades financeiras e descontentamento na categoria. Os trabalhadores alegam que os pagamentos realizados pelo governo estadual tiveram uma grande discrepância de valores entre profissionais que trabalham no mesmo local e exercem a mesma função, o que gerou revolta das categorias. 

A presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem dos Municípios de Belém, Marituba e Ananindeua (Sate), Marli Groeff, que esteve presente no protesto, garante que os pagamentos estão sendo realizados sem critérios. 

“Está sendo uma confusão, não há isonomia. Pessoas que trabalham no mesmo local e função, recebendo valores muito diferentes. Alguns receberam valores irrisórios, como 0,3% ou 4,4% de piso, enquanto outros receberam corretamente, não há explicação. É uma violação total dos princípios constitucionais. Posso afirmar que apenas cerca de 3% dos profissionais recebeu correto, o restante não sabe nada em meio a toda essa desinformação que o poder público vai reproduzindo, dizendo que já pagou. A Sespa está perdida, nem eles sabem o que fazer”, disse.

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Em resposta, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) garantiu que já efetuou o pagamento da primeira parcela do novo piso salarial da enfermagem. Além disso, a pasta esclareceu que os valores retroativos a maio de 2023 serão incluídos no próximo repasse, sem previsão ainda. Em relação à discrepância nos valores pagos a profissionais que exercem o mesmo cargo, o governo estadual não se manifestou.

A Sespa também destacou que recebeu os manifestantes pela manhã para esclarecer suas dúvidas e discutir a situação em questão, buscando resolver as preocupações dos profissionais de enfermagem. 

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