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Pará tem 3,8 mil presos estudando e 2,5 mil trabalhando

Projetos promovidos dentro das casas penais reinserem homens e mulheres que encontram-se, atualmente, sob a custódia do estado, de volta à sociedade

Fabyo Cruz

Reduzir a criminalidade no Brasil é um desafio que perpetua o tempo. O crescimento desse problema social está diretamente ligado à miséria, baixa escolaridade, fome e pouca oportunidade de emprego. No Pará, políticas públicas voltadas para a custódia humanizada e projetos de ressocialização de pessoas privadas de liberdade tentam garantir dignidade e esperança em casas penais do Estado.

Atualmente, informa a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), 3.838 custodiados estão estudando e 2.576 trabalhando no sistema penitenciário paraense. É um aumento de 65,7% e 38,49%, respectivamente, em comparação a 2018.

O Projeto de Erradicação do Analfabetismo registrou elevação de 1.545% de custodiados a mais nessa atividade. Por fim, outro resultado de relevância está na participação dos custodiados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2020): 560,87% mais internos alcançaram a média mínima e 1100% mais notas de 700 a 920 pontos na redação do Enem 2020.

A Seap, órgão vinculado ao Governo do Pará, promove alguns projetos dentro dos presídios do estado com objetivo de reinserir homens e mulheres, que encontram-se atualmente  sob a custódia do estado, à sociedade. No Centro de Reeducação Feminino (CRF), localizado em Ananindeua, região Metropolitana de Belém (RMB), há cinco projetos que incluem alfabetização, artes, cultura e produção de  artesanatos.

Na Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), mulheres que hoje estão no CRF têm a oportunidade de entrar no mercado de trabalho com a produção de pelúcias, crochês, vassouras ecológicas, sandálias, bijuterias entre outros artesanatos. Aretha Corrêa, 30 anos, vê na cooperativa uma possibilidade de sair da ansiedade e ter esperança de um futuro digno.

“Eu participo da cooperativa há oito anos, me sinto bem aqui pois nós aprendemos um meio de trabalho e também é uma forma de não entrar em depressão. Todas saem daqui com a esperança de seguirem uma profissão”, disse a Aretha que há 9 anos está no sistema prisional e sonha em se formar em pedagogia.  

Na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (Cpasi) são realizadas diversas atividades  para apenados em regime semiaberto, como técnicas alimentícias, produção de objetos e cuidados com hortas. Nesse complexo penitenciário, encontra-se Ivaldo Brito, de 29 anos. Ele aprendeu o ofício de padeiro a partir dos cursos ofertados pela Seap e almeja um dia abrir seu próprio negócio.

“Aqui já aprendi a trabalhar como auxiliar de cozinha e agora estou trabalhando na área da panificação. Espero abrir um negócio com entrega de pizza e hambúrguer", contou Ivaldo que há mais de 7 anos está no sistema prisional. Ser empreendedor também é o sonho de Vilson Mangabeira, 41 anos. Ele trabalha na área no projeto de marcenaria da Cpasi, essa atividade promove a ressocialização por meio de vagas de trabalho e renda para presos e seus familiares.

Todos os alimentos e materiais produzidos pelas pessoas privadas de liberdade são comercializados em feiras e eventos públicos e também consumidos por aqueles que compõem o sistema prisional paraense, afirmou o coronel Arthur Moraes, secretário adjunto da Seap, durante uma visita guiada pela Secretaria de Administração Penitenciária à imprensa, realizada na manhã desta quarta-feira (7).

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Pará
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