Pará está entre Estados com maior possibilidade de gerar energia elétrica pelas marés; entenda
Estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou Pará, Maranhão e Amapá com potencial para nova forma de geração de energia
O Pará está entre os três Estados promissores em criação de energia elétrica gerada pelo movimento das marés (maremotriz). O estudo da Faculdade de Oceanografia (FAOC), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mostrou que Amapá e Maranhão também possuem marés superiores a dois metros por uma fração de tempo considerável, essenciais para implantar esses projetos.
O litoral norte do Brasil possui um grande potencial para gerar essa nova forma de energia limpa e renovável através das marés. O artigo foi publicado em novembro de 2023 no periódico científico Renewable Energy.
Os pesquisadores avaliaram no total 16 barragens hipotéticas, em áreas diversas e com dimensões diferentes, ao longo do litoral equatorial brasileiro. As mais eficientes foram as que produziriam mais energia com o menor custo de construção.
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A maré é um fenômeno caracterizado pela mudança do nível da água no litoral, que ora se afasta, ora se aproxima da costa, influenciada pelo campo gravitacional da Lua e do Sol. A energia maremotriz transforma a energia cinética desse movimento das águas do mar em energia elétrica através da construção de barragens e turbinas — assemelhando-se às turbinas eólicas, entretanto com as hélices debaixo da água do mar.
A água é represada em uma barragem enquanto a maré está cheia e, conforme a maré abaixa, a água é liberada passando pelas turbinas conforme sai da barragem. Dentre os benefícios estão a energia maremotriz ser limpa e renovável, não produzir resíduos poluentes ao meio ambiente.
Já entre os desafios que precisam ser superados estão os possíveis impactos nos ecossistemas marinhos destas áreas, além de definir as melhores tecnologias e equipamentos para a captação da energia.
No Brasil, apenas uma usina maremotriz foi construída até hoje, a Barragem de Bacanga, na Baía de São Marcos, no estado do Maranhão. Apesar de ter sido construída há 40 anos, o funcionamento nunca foi implementado por falta de investimento na infraestrutura, equipamentos e pesquisa.
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