Pará alcança marca histórica de doação de 617 orgãos para transplantes
O transplante de tecido ocular liderou as estatísticas, com 519 córneas transplantadas, seguido pelo rim, com 74 casos, medula óssea, com 20, e, por último, o fígado, com quatro casos.
O governo do Pará, por intermédio da Central Estadual de Transplantes do Pará (CET-PA), ligada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), alcançou um marco histórico em 2023, registrando um total de 617 transplantes.
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O transplante de tecido ocular liderou as estatísticas, com 519 córneas transplantadas, seguido pelo rim, com 74 casos, medula óssea, com 20, e, por último, o fígado, com quatro casos. Este sucesso representa um aumento de 126% em relação ao ano anterior.
Segundo a titular da Sespa, Ivete Vaz, esse número é reflexo da solidariedade das famílias doadoras e do comprometimento do governo nessa área. "Este alcance é resultado do esforço conjunto de todas as partes envolvidas - o Estado, as famílias dos doadores, que reconhecem esse gesto como uma nova chance de vida para o paciente beneficiado, e os profissionais qualificados que conduzem os procedimentos com excelência. Estamos muito satisfeitos com os resultados e continuaremos trabalhando com o mesmo empenho em 2024", destaca.
A coordenadora da CET/Sespa, Ierecê Miranda, enfatiza que esse excelente resultado é fruto do trabalho coletivo. "A CET/Sespa, em conjunto com alguns hospitais parceiros, capacitou 101 médicos e 56 outros profissionais de saúde para participarem do processo de doação de órgãos, especialmente no apoio às famílias no momento da perda de um ente querido e na orientação sobre a doação."
"No Brasil, é a família que decide sobre a doação de órgãos. Se você é um doador, informe sua família e contribua para salvar vidas", reforça a coordenadora Ierecê Miranda, da Sespa.
Entre os beneficiados está Ana Gabriela Alves, que lutou contra a hepatite autoimune por 14 anos e foi a primeira paciente a receber um transplante de fígado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.
"Estou há cerca de seis anos em tratamento na Santa Casa e passei por momentos muito difíceis, pois nos últimos três anos a doença se agravou significativamente. Finalmente, em 26 de fevereiro de 2023, minha cirurgia de transplante foi realizada. O pós-operatório não foi fácil, dado o meu estado debilitado pela doença, mas já me sentia diferente. Hoje, estou muito bem, minha vida tem sido maravilhosa, ela me foi devolvida", compartilha a paciente Ana Gabriela.
"Sempre lembro da família da minha doadora e gostaria muito que soubessem que estou viva por causa dela; minha gratidão é infinita. Uma parte dela vive dentro de mim. A doação de órgãos é crucial, pois sem doação não há transplante", diz a paciente.
"Minha mensagem é essa: doe órgãos, doe vida. Se não fosse pelo amor e generosidade da família da doadora, eu não estaria viva agora. Também sou imensamente grata à equipe maravilhosa da Santa Casa", celebra Ana Gabriela Alves.
A Sespa também destaca o aumento da participação dos profissionais que integram as Comissões Intra-hospitalares de Transplantes, bem como o papel das famílias doadoras e as estratégias implementadas pela CET com foco na educação e sensibilização sobre a doação de órgãos.
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