Naufrágio na ilha de Cotijuba: Bombeiros ainda não têm prazo para içar embarcação do fundo da baía
Corporação ressalta que só se poderá saber o que levou ao naufrágio na baía do Marajó após a lancha ser trazida à tona
Ainda não há prazo para a embarcação "Dona Lourdes II" ser içada e trazida à tona após o naufrágio ocorrido na última quinta (8), confirmou na manhã desta quinta (15) a coordenação das buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros. Os esforços para encontrar desaparecidos no acidente, ocorrido na ilha de Cotijuba, chegaram ao oitavo dia na região onde a embarcação foi encontrada.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) já registrou 22 mortes no acidente, além de 66 pessoas resgatadas com vida. Elas estão recebendo apoio psicossocial.
Uma das pessoas desaparecidas, possivelmente, é uma criança chamada Sofia Loren, de 3 anos. Ainda não há previsão para o fim das buscas. O governo do Pará abriu uma licitação para fazer a reflutuação da lancha que está no fundo da baía do Marajó.
"Só se poderá dizer o que aconteceu [para o naufrágio ocorrer] depois que a embarcação for tirada do fundo. Ainda não há prazo. Esse prazo depende de muitos fatores, de um ordenamento burocrático, mas creio que em breve isso deve sair", avaliou o tenente coronel bombeiro Ricardo Pereira, que coordena as equipes de buscas.
Segundo ele, a Segup já está com processo licitatório em andamento para contratação da empresa que fará a salvatagem da embarcação. Ela será içada do fundo da baía do Marajó e trazida à tona.
"Hoje trabalhamos nas buscas de uma pessoa reclamada, que é a menor Sofia Loren. Ainda não conseguimos saber se ela está lá dentro ou se foi ejetada da embarcação e está em outro lugar. Então, todas as possibilidades ainda são consideradas", dizem os Bombeiros.
Impossível saber situação na embarcação
"É impossível precisarmos agora quantas pessoas ainda estão no barco. Inclusive é impossível precisar nesse momento se é o corpo da meno que está lá dentro. Todo dia o cenário muda dentro da embarcação. A correnteza movimenta todos os objetos na embarcação", detalha o coronel Pereira.
"Esse horário é o de mais facilidade para os mergulhos, por causa das marés. O detalhe é que na Amazônia temos as condições mais desfavoráveis de mergulho do planeta, com visibilidade zero e fortes correntezas. O mergulho está muito perigoso no local".
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