Ministério Público do Pará discute estratégias para a erradicação da hanseníase em Belém e no Pará

No ano passado, foram registrados 1.452 casos da doença, segundo a Sespa

O Liberal
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A promotora de Justiça Elaine Castelo Branco realizou reunião com a equipe da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) para tratar sobre as estratégias que estão sendo adotadas para a erradicação da hanseníase no município de Belém e no estado do Pará, neste ano de 2023.

Durante a reunião, na segunda-feira (25), a equipe da Sespa apresentou dados epidemiológicos da doença no Pará, que demonstram uma queda significativa nos últimos anos. Em 2004 foi atingido o pico da doença, com 5.976 casos registrados; já em 2022, foram 1.452.

De acordo com a Secretaria, não faltam medicações para o tratamento da hanseníase e a dificuldade no momento é quanto à distribuição do medicamento Talidomida. É que muitos municípios não realizam o credenciamento em conformidade com a Resolução n.º 11/2011 do Ministério da Saúde.

Na ocasião, ainda segundo o MPPA, a Sespa se comprometeu a encaminhar ao Ministério Público do Estado do Pará a relação dos municípios que não estão credenciados, para que possa ser repassado ao GT (Grupo de Trabalho Saúde) do MPPA, a fim de reiterar os municípios a se credenciarem.

Também foi informado na reunião que o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PDCT) da Hanseníase foi implantado no Estado do Pará em março de 2023 e que os teste rápidos de hanseníase já estão em uso.

Essa reunião faz parte do Procedimento Administrativo instaurado com a finalidade de acompanhar as políticas públicas e as estratégias que estão sendo adotadas pelo município e de Estado do Pará para a erradicação da hanseníase no município de Belém e estado do Pará em 2023.

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A hanseníase temcura e o diagnóstico precoce é fundamental

A hanseníase tem cura e o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e contenção da proliferação da doença. É preciso estar atento ao surgimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade na área da mancha, informou a Sespa.

Ao detectar o surgimento do sintoma, a pessoa deve procurar a unidade de saúde básica mais próxima para investigar e, caso confirmado o diagnóstico, iniciar o tratamento e a investigação de possíveis outros contaminados. Caso não seja tratada da maneira correta, a hanseníase pode deixar sequelas como incapacidades físicas e deformidades.

O Pará conta com uma Unidade de Referência Especial (Ure) para o tratamento de hanseníase. Trata-se da Ure Marcello Cândia, localizada em Marituba, na Grande Belém. Lá são realizados os tratamentos de casos de maior complexidade encaminhados das unidades básicas de saúde.

Além das manchas no corpo, os possíveis sintomas da doença incluem dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo de braços e pernas, inchaço de mãos e pés, feridas na sola do pé, dificuldade de fechar os olhos, perda de força nas mãos e pés, nariz entupido, ressecado ou com sangramento, além de possível surgimento de caroços avermelhados e doloridos.

 

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