Paxlovid: medicamento que trata covid-19 ainda não é distribuído de forma ampla no país
Antiviral bloqueia replicação do coronavírus e controla infecção
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, na última segunda-feira (21), a venda do medicamento Paxlovid, para tratamento da covid-19, nas farmácias do Brasil. Apesar de o primeiro lote do remédio, contendo 50 mil unidades, ter sido entregue pela Pfizer em setembro, ainda não há previsão para ampliação de estoques nas farmácias.
O Paxlovid recebeu a autorização emergencial pela Anvisa em 30 de março deste ano. Em todo mundo, 43 países já tiveram acesso ao medicamento, mas na América Latina somente três tiveram lotes entregues: Panamá, México e Brasil. De acordo com o laboratório fabricante, outra remessa com a mesma quantidade está prevista para chegar ao país.
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Em abril deste ano, a Pfizer anunciou a concessão de autorização para 35 farmacêuticas para produção de versões genéricas do Paxlovid, sendo uma delas a brasileira Nortec Química. Contudo, a versão genérica produzida pela empresa era destinada à exportação, o que forçou a população brasileira a depender exclusivamente das negociações do Governo Federal com o laboratório fabricante.
Disponibilização nas farmácias
Para Patrick Cruz, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF-PA), a aprovação do medicamento em farmácias representa um passo importante no combate do coronavírus, uma vez que garante o acesso ao tratamento por grande parte da população.
"Com venda sob prescrição médica, é imprescindível que o paciente receba as orientações de administração do farmacêutico, profissional da saúde localizado em todas as farmácias e apto para realizar todo o acompanhamento farmacoterapêutico do medicamento, principalmente por se tratar de um fármaco novo e que necessita de uma atenção especial em sua administração", orienta.
Cruz ainda ressalta que o período entre a liberação do fármaco pela Anvisa e a disponibilidade do mesmo nas farmácias e no Sistema Único de Saúde (SUS), leva um determinado tempo. "Mas, assim que chegar, a população pode ter certeza que o farmacêutico estará preparado para orientar e sanar todas a dúvidas possíveis", afirma.
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