Marabá: tempo seco acende o alerta para o risco de queimadas
A chegada do verão é também sinônimo de preocupação para quem vive nas regiões sul e sudeste do Pará
A chegada do verão é também sinônimo de preocupação para quem vive nas regiões sul e sudeste do Pará. O tempo mais seco e com meses estiagem são extremamente propícios à propagação do fogo, principalmente, em áreas rurais.
“Nesse período de férias até meados de outubro, mais ou menos, nós temos momentos que consideramos críticos e propícios a queimadas em Marabá e região. Seja por incêndios florestais ou até queimadas em áreas particulares que saem de controle”, explica o Major Felipe Galúcio, comandante do 5º Grupamento Bombeiro Militar.
A baixa umidade dessa época do ano impacta de maneira significativa o trabalho dos bombeiros. De acordo com o Major Galúcio, o combate a queimadas e incêndios florestais chega a representar cerca de 80% dos chamados que a corporação recebe e tem o agravante de que as regiões sul e sudeste são muito permeadas por propriedades rurais. “Esse é um problema que é muito potencializado pela atividade agropecuária, onde o fogo é tido como a maneira mais barata de se abrir novas pastagens e áreas produtivas, por exemplo”, analisa o comandante.
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Para a reportagem, a Secretaria de Meio Ambiente de Marabá e a Defesas Civil Estadual e Municipal informaram que estão agindo em conjunto, na fiscalização e notificações de queimadas nas zonas urbana e rural. Os órgãos recebem denúncias de queimadas por meio do 193, que é o contato do Corpo de Bombeiros para emergências, além do 190, que é da central telefônica do Núcleo Integrado de Operações (Niop).
Decreto federal proíbe queimadas
No último mês de junho, o governo federal chegou a editar o decreto nº 11.100, que proíbe queimadas em todo o País por um período de 120 dias, o que confirma a preocupação com queimadas provocadas pela influência do homem.
“Embora, a gente considere a hipótese de ocorrer algum incêndio espontâneo, esse tipo de situação é muito rara. Geralmente, quanto uma área pegada fogo, houve ação humana, seja intencional ou acidental. Isso quer dizer que uma bituca de cigarro descartada na estrada pode acender uma chama que vai tomar conta de milhares de hectares”, conta o Major Galúcio.
Alerta de baixa umidade
O Corpo de Bombeiros faz esse alerta na mesma semana em que o Instituto de Meteorologia (InMet) emitiu um aviso de baixa umidade em diversos municípios do interior do estado. Segundo informações do instituto, na tarde da última quarta-feira (13), a umidade relativa do ar esteve entre 20% e 30%. Este é um índice que pode, inclusive, provocar problemas de saúde, pois o considerado ideal para o organismo humano seria algo entre 40% e 70%. Nessas condições, o InMet recomendou cuidados com a hidratação e evitar desgaste físico e exposição ao sol em excesso.
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