Leucemia: até o final deste ano, 10.810 novos casos deverão ser registrados no Brasil, aponta Inca

Um tipo raro de câncer, a leucemia é discutida durante toda a campanha do Fevereiro Laranja; fique atento aos sintomas

Dilson Pimentel
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Até o final deste ano, 10.810 novos casos de leucemia deverão ser registrados no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). E, de acordo com dados do Painel de Oncologia do Ministério da Saúde, o Pará registrou 287 casos de leucemia em 2020 e 185 em 2021, informou a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Um tipo raro de câncer, a leucemia é discutida durante toda a campanha do Fevereiro Laranja - mês dedicado a diversas ações para conscientizar e reforçar os cuidados, diagnóstico precoce e ainda o tratamento adequado para a doença.

A médica oncohematologista Fernanda Cordeiro explica que a leucemia é conhecida como câncer no sangue. Ela pode ser aguda ou crônica, sendo pior e mais grave quando é aguda. É quando ocorre uma alteração genética na produção do sangue dentro da medula óssea, que é a fábrica do sangue. Há uma multiplicação de células jovens doentes que acabam impedindo a formação das células normais. Então o paciente acaba apresentando anemia, diminuição da imunidade, queda da contagem das plaquetas, com risco de sangramento.

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A pessoa que tem sintomas de anemia como cansaço fácil, falta de ar, fraqueza excessiva, palidez, sonolência pode estar com anemia e isso também pode ser um indício de leucemia. Um paciente com leucemia pode ter ainda maior risco de infecções e, por isso, ele pode ter febre, porque diminui a imunidade, afirmou a doutora Fernanda Cordeiro.

Pode ter também sangramento. E esse sangramento pode ser nasal, gengival, manchas roxas que não têm relação com trauma, baque. Quando houver qualquer um desses sinais ou alguma mudança no padrão normal do indivíduo é bom fazer um hemograma, um exame simples, mas que já pode dar indícios de uma leucemia - seja ela aguda ou crônica.

Leucemia causa alteração na produção das outras células sanguíneas, diz médica

Também é importante a doação de sangue para pacientes com leucemia em quimioterapia ou ainda os que passam por transplantes de medula óssea. A médica oncohematologista Fernanda Cordeiro diz que a leucemia causa “alteração na produção das outras células sanguíneas”. Por causa da leucemia ou pela ação da quimioterapia, o paciente deixa de produzir células normais do sangue e, por isso, apresenta anemia grave e diminuição de contagem de plaquetas.

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Para doar basta estar em bom estado de saúde, ter idade entre 16 e 69 anos e peso acima de 50 quilos, além de um documento de identificação. A doação pode ser feita na Fundação Hemopa, na travessa Padre Eutíquio, no bairro Batista Campos, em Belém.  Apesar de não existir cura para alguns casos da doença, a leucemia possui altas chances de recuperação. Pode chegar a até 90%, no caso das crianças, e 50% em pessoas até 60 anos. Mas, para que o tratamento seja eficaz, é preciso identificar a doença o quanto antes com exames regulares.

Jovem revela como foi o tratamento contra a leucemia

Em 2013, aos 13 anos, Lyvia Castro foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin. É um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.

Ela foi ao infectologista. E, com o resultado da biópsia, Lyvia procurou um oncologista e começou logo o tratamento. Foram dois anos até a remissão total - período em que a doença estava sob controle. Mas, em 2019, o linfoma voltou um pouco mais agressivo. Lyvia foi encaminhada para fazer um transplante de medula óssea autólogo, em São Paulo. “Foram meses no processo de transplante. A medula ‘pegou’, entrei em remissão total e estou há quase três anos só fazendo acompanhamento de controle com a hematologista”, contou ela, de 23 anos.

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