Jornalista Carlos Ferreira conta a história da fundação de Castanhal e dos 100 anos do Japiim
Durante as pesquisas para o trabalho, o jornalista descobriu que os fundadores do clube de futebol também ajudaram na criação do município que completa 92 anos neste domingo, 28
O ano de 2024 começou com projeto muito importante para o castanhalense, jornalista, radialista e colunista do Grupo Liberal, Carlos Ferreira: O de contar em forma de documentário a história da criação e desenvolvimento do município de Castanhal.
Porém a ideia inicial não era falar do município que teve como principal fundador o povo nordestino, mas sim contar a história do Castanhal Esporte Clube que em setembro completa 100 anos. O Japiim, como também é conhecido, foi criado oito aos antes da emancipação do município de Castanhal.
“O clube nasceu quando o lugar ainda era vila Castanhal e fazia parte do território do município de Santa Isabel do Pará. Os moradores daquela época fundaram o Castanhal Futebol Clube e tinha as corres azul e branco que depois mudou para amarelo e preto por causa das cores do japiim que voava da mangueira da estação do trem para a mangueira do campo do Castanhal”, disse Ferreira.
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Durante as pesquisas nos materiais que serviram como base para o trabalho do radialista, algo chamou a atenção, que fez com que o roteiro do documentário tivesse um outro viés.
“Eu descobri que os fundadores do time foram os articuladores da emancipação do município e parte deles era de nordestinos e trabalharam para fazer com que o intendente Magalhães Barata emancipasse a então vila de Castanhal”, contou.
Então as histórias do Japiim e da evolução de Castanhal caminham juntas e serão mostradas no trabalho que já começou a ser produzido com a ajuda do memorialista e castanhalense Amilcar Carneiro.
“Diante desse fato, o documentário será sobre essas histórias entrelaçadas do clube com o município e a primeira etapa terá ainda um Pod Cast e que vai valer como uma espécie de um fio condutor para se contar a história do centenário do Japiim. Temos muitas fotos e vídeos para esse primeiro momento e juntei meu trabalho como jornalista esportivo para falar do Castanhal com o memorialista Amilcar Carneiro para falar de Castanhal”, informou.
Poesia com ares de muita saudade
Além do Pod Cast, Carlos Ferreira está desenvolvendo um vídeo onde ela declama uma poesia em quanto passeia pela memória e pontos turísticos de Castanhal. Esse momento do trabalho também surgiu de forma despretensiosa durante um passeio de férias com alguns amigos de Castanhal. O texto relembra o nome de algumas empresas e estabelecimentos de entretenimento como a “Casa da Conceição” que existiram no município e que fizeram parte da história de muitos moradores.
“A ideia do texto poético nasceu durante uma viagem com amigos castanhalenses a Marudá. O bate papo era sobre coisas e lugares que Castanhal já teve. O meu amigo Luiz Melo Já tinha até um texto pronto, mas fora de ordem, simplesmente uma memória e ele me passou e eu resolvi acrescentar outras coisas, organizar e rimar”, disse Ferreira.
“A medida que Castanhal avança vai atraindo grandes empresas de grandes grupos que chegam muito forte e elas vão engolindo as empresas locais. Algumas sobreviveram e outras ficaram pelo caminho. Daí essa viagem e resgate das empresas que já contribuíram muito para o desenvolvimento de Castanhal”, enfatizou.
Nostalgia
Às vésperas Castanhal completar 92 anos o radialista conta o motivo da sua grande nostalgia.
“O que me marcou mesmo foi a chegada da rádio Rauland em Castanhal, onde foi meu primeiro emprego. E ser radialista era mais que um sonho era uma determinação que eu tinha desde criança. No dia da inauguração eu estava olhando de longe vendo o coquetel de inauguração da rádio. E depois trabalhando na Rauland foi uma fase verdadeiramente marcante que eu tenho saudades”, relembrou.
Presente
“Eu sempre sonhei com um parque industrial para Castanhal para que pudesse proporcional emprego e renda para os moradores. O município cresceu muito e vai crescer ainda mais, porém precisa gerar empregos, mas me parece que o meu desejo já se encaminha para a realidade porque falta pouco para iniciarem as obras do Condomínio Industrial”, observou.
Prédio do antigo Cine Argo (Divulgação / Carlos Ferreira)
Confira um pouco da poesia
Quem curtiu a Beer House ou dançou no Terraço; quem tomou umas no Canecão ou na Casa Conceição, nas festas do Cavacão ou do Pantaleão, no Cinzano ou no Bar do Maranhão; quem almoçou no Dom Fernando ou no Restaurante Jabá, pode testemunhar a vida nesse pedaço do Pará
Quanta emoção nas memórias de Castanhal... Lembranças do Armarinho Hermex, do Quatro Rosas, do Pano Azul, da Mavape, da Casa Aurora e da Luflan Variedades. Castanhal da Agenda Papelaria, da Parada, da Lider Divulgações e da SB Publicidades
Castanhal, encanto, saudade e contradição; como o salão azul que era vermelho e a sapataria da esquina do meio do quarteirão. Castanhal do JÁ TEVE: Nossa Lanchonete, Merendinha, Lanchonete do Viana, Recapagem Icana; Dismek, Supermercados França, Pajeú e Coelhão; agito na grande feira na Barão e o barulho do trem rumo à Estação
Ah Castanhal...! Que viagem no tempo, momento a momento! Futebol, melhor evento... seleção tricampeã do intermunicipal, Japiim vice estadual. Filmes que marcaram épocas no Cine Argus, Exposição Agropecuária, sons das Rádios Modelo e Rauland, referências para todo o interland.
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