Entenda o que significa 'pai d’égua', 'pavulagem', 'de rocha' e 'endoida' no Pará
As gírias são muito populares entre os paraenses e fazem parte da cultura do estado. Entenda o significado de algumas das mais populares delas.
Na questão de gírias, os paraenses possuem um dos vocabulários mais ricos entre os brasileiros. As expressões populares já fazem parte do patrimônio cultural dos moradores do estado e estão presentes em todo o Pará, de Belém ao Baixo Amazonas.
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Entres “éguas” e “pavulgens”, esse jeitinho de se comunicar contamina os visitantes o estado. Por isso, confira o que significam algumas das expressões que não podem faltar no seu dicionário paraense.
Pai d’égua
Sendo um dos termos mais usados entre os paraenses, "pai d'égua" é uma expressão usada para definir uma coisa ótima, fenomenal, excelente, nota dez, nota mil e por aí vai.
Exemplo: “Aquele jogo foi Pai d’égua!”, “Égua, mano! Que comida pai d'égua!”
Di rocha ou de rocha
Típica do interior do estado, apesar de parecer, "de rocha" não tem nada a ver com pedras. O regionalismo, na verdade, serve para expressar a veracidade ou certeza de algo. Tem o mesmo dignificado que "de verdade", "para valer", "com certeza", "pode crer".
Ex.: “Aquela história lá do fulano é de rocha mesmo?”, “De rocha, mano!”
Pavulagem
Segundo o dicionário, "pavulagem" é um neologismo que vem da palavra "pavão", que significa bonito e pomposo. No Pará, o termo é sinônimo para alguém metido, presunçoso e convencido. Serve para definir aquela pessoa que “gosta de aparecer”.
Ex.: “Aquele mana lá está cheia de pavulagem”, “Tem que ver como a Jamily tá agora que passou no concurso, só pavulagem!”.
Endoida ou endoidar
Para o resto do país, “endoidar” significa ficar louco, perder o juízo ou dizer coisas sem sentido. Para os paraenses, no entanto, a gíria é sinônimo de “festejar intensamente” ou ter uma experiência intensa e emocionante. Nas festas de aparelhagem, típicas da região, é comum gritar para o DJ, por exemplo, “endoida” acompanhada de um palavrão.
Ex.: "Mano, vou endoidar nesse show no Mangueirão".
(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)
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