Departamento de Endemias de Marabá alerta para cuidados durante o período chuvoso
Departamento de Endemias e Vigilância Sanitária se preparam para realizar ações de combate ao mosquito
Contrair chikungunya duas vezes nos últimos anos era o estopim que o autônomo Sérgio de Andrade, de 61 anos, precisava para ficar vigilante com os cuidados no quintal de casa. “A última vez foi mais difícil ainda, porque eu passei quase seis meses com dores nas articulações. Agora, não quero saber de mosquito em casa. Tampo caixa d’água, viro garrafas de boca para baixo, coloco areia nos vasos de plantas”, explica o autônomo.
O período chuvoso ainda nem chegou na região sudeste do Estado, mas já acende o sinal de alerta nas autoridades de saúde em Marabá. As equipes do Departamento Municipal de Endemias e Vigilância Ambiental se preparam para realizar ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zyka e chikungunya, além outros vetores de outras doenças comuns dessa época do ano, como o mosquito palha, que transmite a leishmaniose.
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De acordo com os dados do Departamento de Endemias, no ano de 2017, Marabá chegou a registrar 724 casos confirmados de dengue e os números foram gradativamente, conforme houve intensificação das ações de combate ao mosquito, que incluem as visitas domiciliares, chegando nos primeiros sete meses de 2022 com apenas 60 casos.
“Estamos fechando o ano de 2022 com os casos de dengue sob controle, sendo que parte deles são de municípios vizinhos. É um número já esperado uma vez que a presença do mosquito é confirmada em Marabá através do LIRA (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes Aegypti), levantamento que é feito de 2 em 2 meses”, informa Amadeu Moreira, Coordenador do Departamento de Endemias e Vigilância Ambiental.
Entre as ações programadas para combate ao mosquito e controle das doenças, as equipes vão usar o carro fumacê, principalmente nas áreas onde houve registro de casos. Nas orientações de casa em casa, os agentes também vão focar na eliminação de possíveis focos de mosquito, que dificultam a proliferação dos vetores, ajudando na redução de casos das doenças.
Para o coordenador de endemias, os bons resultados registrados, em grande parte, têm a colaboração da população que se preocupa em colaborar, limpando quintais, vasos de plantas e todo recipiente que pode vir a ser foco de reprodução do mosquito. “É importante que a população continue atenta e vigilante, não deixando água parada, fechando as fossas, pois o mosquito sai daquele tubo da fossa. Antigamente o mosquito se multiplicava em água limpa, mas ele mudou seu hábito e fica também em esgoto, água suja e reproduz-se muito rápido e é preciso a higiene de sua casa, de seu quintal, etc”, destaca Moreira.
Neste período de chuvas, o Departamento de Endemias reforça o pedido para que a população aumente ainda mais os cuidados para não deixar espaço para a proliferação do mosquito e recomenda a limpeza do entorno da casa. “Não vamos descansar porque a presença do mosquito está aí e vamos trabalhar para que não se espalhe pela cidade novamente. Continuamos intensificando os trabalhos para manter o controle e evitar que um dia possamos voltar a uma situação complicada de focos de dengue e chikungunya, a ponto de se tornar uma situação preocupante de saúde pública”.
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