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Dengue: Pará tem mais de 12 mil vacinados; belenenses vivem a expectativa da ampliação da vacina

A campanha de vacinação contra a doença iniciou no dia 19 de junho na capital paraense

Gabriel Pires
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O Pará tem 12.150 pessoas vacinadas contra a dengue, como aponta balanço da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A pasta detalhou que, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, a imunização começou com crianças de 10 a 14 anos. Em Belém, a campanha de vacinação iniciou no dia 19 de junho, e, atualmente, muitas pessoas já vivem a expectativa da ampliação do público-alvo que deve receber as doses do imunizante. Em todo o Pará, a distribuição das vacinas começou no dia 10 de junho.

Quanto ao planejamento para ampliar o público que deve ser imunizado, a Sespa detalhou o Estado segue os critérios de vacinação conforme indicação epidemiológica do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS). A vacina contra a dengue chegou no Pará por meio da 5ª remessa do PNI/MS, que usou critérios epidemiológicos para selecionar os municípios e enviar doses da vacina. O cronograma de aplicação segue segundo a indicação dos municípios pelo PNI e disponibilidade de doses. 

Atualmente, a busca pelo imunizante no Pará é considerada regular, segundo a secretaria. Segundo a Sespa, o Pará registrou 13.928 casos de dengue, até o momento. Os dados são do Informe Epidemiológico nº 11, de janeiro a 31 de julho de 2024. Ainda conforme o último informe, foram registrados 9 óbitos pela doença. Essas mortes foram nos municípios de Belém (4), Monte Alegre (1), Altamira (1), Colares (1), Marabá (1) e Mocajuba (1), também conforme o levantamento divulgado pela Sespa.

Na capital paraense, a vacinação segue disponível nas unidades de saúde para o público-alvo - crianças e adolescentes de 10 a 14 anos - determinado pelo Ministério da Saúde, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). A Sesma detalhou que há uma prospecção de ampliação da imunização, porém sem data definida já que se aguarda um comunicado oficial do MS.

Na avaliação da secretaria, a procura continua tímida, até o momento foram aplicadas 3.305 doses. A meta é vacinar 90% do público-alvo, correspondente a 84.509 crianças e adolescentes na faixa etária entre 10 e 14 anos. A Sesma informou, que, até a semana 34 do Calendário de Ações de Combate à Dengue, atualizado em 19 de agosto, Belém notificou 5.092 casos de dengue, dos quais 2.572 com diagnóstico positivo. E foram confirmados 4 óbitos neste mesmo período.

Reforço

Para reforçar a imunização, o Departamento de Endemias, por meio do Programa Municipal da Dengue, já vem intensificando as ações em todo município, visando a COP 30, dando maior ênfase em locais públicos como  praças, teatros, centro de convenções e hotéis. A Sesma dará início, ainda nesta semana, à operação Círio, que visa intensificar as visitas ao corredor de passagem da Santa e outros locais de passagem da procissão.

Também de acordo com a Sesma, os agentes de saúde seguem fazendo visitas diárias em todos os bairros de Belém, levando orientação para prevenção das arboviroses. Há também a intensificação das ações com palestras educativas e visitas aos pontos estratégicos como: borracharias, sucatarias, cemitérios, construções e etc. 

Entre outras ações de combate à dengue estão: o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Liraa) para estudos de índice de infestação de imóveis e depósitos. E ainda, a Pós-Liraa, que visa intensificar as visitas nos locais com elevados índices de infestação, com foco nos depósitos predominantes e instalação de armadilhas, com atrativos em raio de 350 metros para verificar como está a infestação na área. As armadilhas servem como complemento do Liraa, por conseguir identificar a infestação real da área no qual o agente não consegue coletar (depósitos de difícil acesso, como por exemplo, a fossa séptica).

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Ampliação da vacina já é aguardada pela população

A auxiliar de limpeza Arlete Carneiro, de 46 anos, mora em Belém e já vive a expectativa de se vacinar contra a dengue. Para ela, essa é uma forma de reforçar a imunidade e de se proteger da doença - para além das outras formas de combate ao Aedes aegypti. “Sempre é bom a gente tomar [as vacinas]. Isso porque, no caso de algumas empresas, se entra se tomar todas as vacinas. A vacina é excelente para todos. É uma segurança maior”, afirma ela que, nesta segunda-feira (26), foi em busca da vacina contra febre amarela na Unidade Municipal de Saúde (UMS) do bairro de Fátima.

Ela conta que está prestes a trabalhar em uma unidade de saúde, sendo a vacina uma forma de estar com a saúde em dia. Além disso, Arlete também lembra da importância de combater a água parada como forma de prevenir a dengue no dia a dia. “Tem as pessoas que deixam água parada, porque não depende só de mim, não depende só dos outros. É como um todo. Se todos se ajudassem, não teria [diversos casos de dengue]”.

Procura pela vacina contra a dengue é regular nas unidades de saúde

Na UMS de Fátima, na capital paraense, a busca pela vacina da dengue ainda é moderada, como avalia o enfermeiro da unidade, Luis Cláudio Pinto. “Digamos que esteja a procura na média procura. Até porque é um público que coincide que é um público da HPV, de 10 a 14 anos. Está dentro do esperado. Não houve um aumento. Quando a vacina chegou na rede pública teve uma procura. Como teve uma queda na quantidade de transmissão da dengue, também teve uma baixa procura”, pontua.

Para Cláudio, ele avalia que também é necessária uma conscientização dos pais para que os filhos sejam imunizados. “E ainda é um público que não tem uma frequência na sala de vacina. A não ser que seja com essas vacinas esporádicas, como o HPV e a dengue. Até você tem ali o calendário infantil que vai até 4 e 7 anos. E é um público [crianças de 10 a 14 anos] que precisa ser incentivado e de informação. O público precisa ser chamado, precisa ser atraído pela sala da vacina”, enfatiza. 

Na unidade de Fátima, os profissionais aguardam por uma nova remessa da vacina, que está prevista para esta terça-feira (27), conforme informou a Sesma. O enfermeiro ainda detalha a regularidade da imunização no local: “Recebemos mais de 400 doses de vacina. A frequência é de 100 a 200 doses que solicitamos. A demanda fica na casa de 20 a 30 doses por dia. Estamos aguardando [novas doses]. É só uma questão de logística”.

Veja onde se vacinar contra a dengue em Belém

Horário: das 8h às 17h

Locais:

  • UMS Fátima
  • UMS Condor
  • UMS Vila da Barca
  • UMS Paraiso dos Pássaros
  • UMS Tapanã
  • UMS Pratinha
  • UMS Cotijuba
  • UMS Curió
  • UMS Satélite
  • UMS Caranaduba (Mosqueiro)
  • UMS Marambaia
  • UMS Jurunas
  • CSE Marco
  • UBS Pedreira
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