Brigas em escolas: dois casos de agressões entre estudantes são registrados em Marabá
Um vídeo de uma briga generalizada entre jovens que aparecem usando uniforme escolar nas imagens está repercutindo nas redes sociais em Marabá
Um vídeo de uma briga generalizada entre jovens que aparecem usando uniforme escolar nas imagens está repercutindo nas redes sociais em Marabá esta semana. Nele, é possível identificar que o conflito ocorre em frente à Escola Municipal de Ensino Fundamental Deuzuita Melo de Albuquerque, no bairro Laranjeira, em Marabá. "Eram alunos nossos que já se desentenderam no ginásio, durante uma partida dos jogos estudantis. Toda a confusão aconteceu na saída da escola", explica a diretora Natécia Monteiro.
Entre os socos trocados, é possível ver que um dos estudantes tem nas mãos um objeto que lembra uma faca, informação confirmada pela diretora da unidade. "A escola há muito tempo não tem um episódio de violência. O que nos preocupou foi uma arma branca ter sido utilizada na briga. Os alunos envolvidos não tinham um histórico de agressividade, mas tivemos que chamar a polícia. Por sorte, ninguém saiu ferido", afirma a educadora.
Já na Escola Municipal de Ensino Fundamenal Odílio Maia, na Folha 8, o desentendimento entre dois colegas deixou Pedro (nome fictício), de 12 anos, com o nariz fraturado. De acordo com a direção da unidade de ensino, a confusão entre os alunos do 7º ano teria começado antes mesmo do horário de entrada na escola, quando Pedro teria passado em frente à casa de Felipe (nome fictício) proferindo ofensas. "Já na sala de aula, Felipe foi tomar um foi tomar satisfação com Pedro, que respondeu dando dois chutes no colega. Felipe, então, revidou com um soco no rosto de Pedro, que quebrou o nariz", conta o diretor José do Espírito Santo, que descreve Pedro como um jovem de comportamento difícil. "No momento em que aconteceu essa agressão, nós chamamos as famílias de ambos para conversar", conclui.
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No entanto, a versão da família de Pedro é outra. Francisca (nome fictício), mãe do garoto, conta que ficou em choque ao ver como o filho voltou para casa e acusa a escola de negligência. "Aconteceu tudo isso em sala de aula e ninguém levou meu filho ao hospital, sequer nos avisaram de imediato, só mandaram o menino de volta para casa, com sangue na camisa e o nariz quebrado". De acordo com Francisca, o filho chegou a relatar em casa por diversas vezes o bullying que sofria em sala de aula e que a direção da escola poderia ter evitado que chegasse a essa situação. "Nós sempre conversamos muito em casa, sempre orientamos ele a falar com os professores, com o diretor sobre essas chacotas, mas nada foi feito".
Bullying nas escolas
Para o psicólogo Sérgio Almeida, o bullying é uma forma de intimidação feita repetidas vezes. "É praticado com o objetivo de humilhar, subjugar, depreciar a vítima, que acaba ficando mais vulnerável", define o especialista. Segundo Almeida, sinais comportamentais, como isolamento e tristeza sem motivo aparente, podem indicar que a criança ou jovem vem sofrendo com essa prática. "Esse é um assunto sério, que tem consequências para a vida toda. A criança que sofre bullying perde autoconfiança, ela se culpa pelas violências que sofre, e esses problemas podem causar uma depressão profunda e até levar ao suicídio", alerta o psicólogo.
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Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que está investigando os dois casos de agressão entre alunos das escolas municipais Deuzuita Melo de Albuquerque e Odílio Maia.
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