Bolsas da Capes suspensas: UFPA cobra recursos para pagamento e reajustes nos valores

Somente na UFPA, pelo menos 3.332 bolsistas estão em risco de ficar sem os valores que são essenciais para o desenvolvimento das atividades acadêmicas

Victor Furtado
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A Universidade Federal do Pará (UFPA) publicou uma nota, nesta quinta-feira (8), em solidariedade aos pesquisadores e bolsistas que dependem dos recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Segundo apurou o Repórter 70, de O Liberal, 3.332 bolsas, somente na UFPA, estão em risco de não serem pagas, por falta de verbas do Governo Federal, que bloqueou orçamentos das universidades de todo o país. Em todo o estado, o total de bolsas em risco passa de 4,2 mil, sem os balanços da Ufra e do IFPA.

As verbas para o pagamento foram suspensas em meio a uma série de contingenciamentos orçamentários, feitos pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Economia, que afetaram vários setores da educação do Brasil. Análise da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta que os recursos bloqueados chegam a R$ 1,4 bilhão.

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Somente das universidades e institutos federais, diz a Andifes, os recursos contingenciados passam de R$ 450 milhões. Muitas instituições publicaram posicionamentos pedindo verbas, sob risco de não honrarem compromissos básicos, como folha de pagamento, contratos de limpeza e manutenção, projetos, serviços e faturas de energia elétrica e água. E agora a Capes se vê em risco de não conseguir honrar os pagamentos de 200 mil bolsas de mestrado, doutorado e de residência médica neste mês.

Em nota, a Reitoria da UFPA comunicou que "...manifesta a sua solidariedade às(aos) pesquisadoras(es) bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado da CAPES, bem como às(aos) residentes bolsistas do MEC neste momento crítico de suspensão do pagamento de suas bolsas, em mais uma medida governamental de agressão à educação e à ciência no país".

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"É inaceitável que o trabalho em ciência siga sem o reconhecimento merecido e que profissionais e pesquisadoras(es) estudantes sejam ameaçadas(os) nas condições mínimas de sobrevivência e dedicação à pesquisa. É urgente que os pagamentos sejam efetuados e que, para além disso, os valores das bolsas sejam reajustados em um patamar compatível com a importância do que realizam as(os) pós-graduandas(os) em favor da ciência brasileira", diz a nota da UFPA. Atualmente, as bolsas variam de R$ 1,5 mil a R$ 4,1 mil, como informa a Capes.

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