‘Acredito que as meninas precisam de ajuda’, diz belenense que afirma ter sido vítima de Kate A Luz

Moradora de Belém deu detalhes da experiência que teve com a modelo

O Liberal
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Paula Karolina, moradora de Belém, que afirma ter sido enganada por Kate Torres, conhecida como Kat A Luz, participou de uma live em um perfil no Instagram na noite dessa quarta-feira (19) e deu detalhes da experiência que teve com a modelo paraense

Kat é investigada pelo envolvimento no desaparecimento das brasileiras Letícia Maia Alvarenga, de 21 anos, e Desirrê Freitas, de 26 anos, que deixaram de fazer contato com os familiares depois de se mudarem para os Estados Unidos. Para familiares das jovens, elas podem ter sido vítimas de seita, rede de prostituição ou tráfico humano.

Na live, Paula Karolina, que diz ter sido assistente de Kate, voltou a afirmar que desconhece as acusações das quais a influenciadora digital é alvo, mas declarou, ao ser perguntada se acredita que a guru pode fazer algum mal a Letícia e Desirrê: "acredito que as meninas precisam de ajuda". Sobre envolvimento da modelo com rede de prostituição e tráfico humano, ela reforça: "Nunca falou sobre essas novas acusações, nunca me falou nada em relacao a isso".

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Paula conheceu Kate em um shopping de Belém após seguir a modelo na internet

Paula diz que passou a seguir Kate na internet, em um momento de fragilidade emocional após perder seu pai e sua mãe. Em um evento de lançamento do livro de Kate em um shopping de Belém, Paula conheceu a modelo e diz que a conexão com ela foi imediata. "Ela me tratou muito bem, como se fosse uma colega vendo a outra, e aquilo me deixou muito impactada, porque ela era um ídolo que eu tinha, então não esperava todo aquele carinho", contou.

Suposto ‘ritual de limpeza’ para trabalhar com Kate incluía uso de chás alucinógenos

A partir daí, Paula começou a se consultar com Kate por meio de chamadas de vídeo e foi convidada para colaborar com um livro que ela estava escrevendo.

"A primeira coisa que ela pediu foi que largasse os remédios que eu usava, principalmente para dormir. A outra coisa era sair de perto da família. (...) Então, eu tive que mudar para outro local, porque, segundo ela, era parte do ritual de limpeza, eu precisava ficar longe da minha família", relembrou. O suposto ritual de limpeza ainda envolvia, segundo Paula, a utilização de chás alucinógenos: "para entrar em contato com o espírito que ia me ajudar a escrever o livro com ela", relembrou.

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Acusação de roubo e bloqueio de Paula nas redes sociais após mudança para o Rio

A jovem, então, se mudou para o Rio de Janeiro com o marido em 2018, com a promessa de ser ajudada por Kate e passou a organizar a agenda da paraense, em troca, segundo ela, de consultas e, tempos depois, de cerca de R$ 300 a R$ 600. Pouco tempo depois, foi acusada de roubo pela modelo e bloqueada por ela nas redes sociais. Paula conta que chegou a passar necessidades no Rio antes de ser ajudada pelos familiares a voltar a Belém.

"Eu achava que a gente tinha uma conexao muito forte, ela falava que a minha família era ela e eu ia ser a família dela, eu era a irmã que ela queria ter. Foram quase dois anos pra cair a ficha". 

Paula recebeu com surpresa notícias sobre Kate

,Ela diz, ainda, que recebeu com surpresa a notícia do novo caso envolvendo a modelo. “Pessoas que sabiam da história mandaram a reportagem dizendo ‘Paula, pelo amor de Deus, olha que livramento, poderia ter sido você’. Fiquei sem entender nada quando abri a matéria. Eles me pediram para postar meu depoimento e eu aceitei”, contou.

Na última terça-feira (18), Paula expôs a situação nas redes sociais após dois anos.

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