Vacas formam 'panelinhas', têm melhores amigas e ficam tristes quando são separadas de seus grupos

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Northampton, no Reino Unido, constatou que vacas, assim como os humanos, formam "panelinhas", escolhem seus melhores amigos e ficam tristes quando são separadas de seus grupos. A pesquisadora Krista McLennan, que esteve à frente do estudo, afirmou que “quando a vaca fica com a sua parceira preferida, o nível de estresse, medido pelos batimentos, reduz em comparação quando estão com animais desconhecidos ou que ela não gosta”, disse a cientista.

Um dos objetivos da pesquisadora foi encorajar os fazendeiros a observarem os comportamentos das vacas e usarem o bem-estar e a felicidade dela para aumentar e melhorar a produção pecuária. “O leite pode ficar melhor sem o estresse”, disse. Segundo ela, nas entrevistas realizadas com proprietários de animais, todos relataram perceber que há grupos de afinidade dentro do rebanho.

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Sim, elas gostam de doces

Bois e vacas têm um paladar aguçado e podem distinguir salgado, doce, amargo e azedo. Eles evitam sabores amargos, por serem potencialmente tóxicos, e têm até suas preferências: os doces, que em geral têm alto valor calórico (o que pode estar relacionado à quantidade de calorias que elas precisam para produzir leite e aquecer o bezerro) e salgados.

Vacas são farejadoras

O olfato de um bovino é um dos mais poderosos do reino animal: o seu focinho possui cerca de 1.186 receptores olfativos (RO), o que permite a esse animal detectar odores que estão a quase 10 quilômetros de distância. Para ter um parâmetro de comparação, o focinho de um cão possui 811 RO.

As vacas ruminam por, aproximadamente, 8 horas por dia e são capazes de mastigar em média 50 vezes por minuto. Isso significa cerca de 40 mil movimentos mandibulares ao dia. Toda essa ruminação resulta em uma produção diária de, em média, 150 litros de saliva.

Vacas enxergam no escuro

A visão das vacas tem acuidade de apenas 1/50 da visão humana. Porém, os bovinos possuem uma estrutura visual chamada de “tapete lúcido”, que permite a esses animais enxergarem quatro vezes melhor que os humanos em baixa luminosidade. O seu campo de visão chega quase a 360 graus e elas são daltônicas, não sendo capazes de distinguir vermelho e verde.

*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com