Trump e Biden buscam acalmar país após ataque enquanto republicanos iniciam convenção
Clima é tenso após atentado contra Donald Trump no último sábado (13)
MILWAUKEE, Estados Unidos (Gram Slattery e Tim Reid/Reuters) - Os membros do Partido Republicano se reúnem nesta segunda-feira na expectativa de dar mais um passo para o retorno de Donald Trump à Casa Branca, após ele ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato neste final de semana que o levou, junto do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a pedir união nacional e calma.
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Trump anunciará na Convenção Nacional Republicana desta semana a escolha de seu companheiro de chapa, tendo citado como favoritos o senador de Ohio J.D. Vance, o senador da Flórida Marco Rubio, e o governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, todos os quais discursarão no encontro.
Trump teve reuniões individuais com eles no final da semana passada, de acordo com duas fontes que pediram anonimato para divulgar conversas particulares.
Embora o evento em Milwaukee, no Estado de Wisconsin, seja uma comemoração para oficializar a escolha do candidato presidencial do partido, ele ocorre em um momento tenso na história norte-americana a caminho da revanche eleitoral de 5 de novembro entre Biden e Trump.
Os líderes do partido programados para falar nos próximos quatro dias tentarão acalmar os ânimos entre os republicanos? Ou eles usarão a ocasião para acusar os democratas de demonizar Trump como uma ameaça à democracia e torná-lo um alvo de violência política?
"Esta é uma chance de reunir o país inteiro, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido há dois dias", disse Trump ao Washington Examiner.
Biden, em um discurso televisionado da Casa Branca no domingo, disse: "Não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência, para qualquer tipo de violência. Ponto final. Sem exceções. Não podemos permitir que essa violência seja normalizada."
Trump e Biden estão em uma disputa eleitoral acirrada, de acordo com a maioria das pesquisas de opinião, incluindo a Reuters/Ipsos. O ataque de sábado agitou a discussão em torno da campanha presidencial, que estava concentrada em saber se Biden deveria desistir da candidatura após um desempenho ruim no debate de 27 de junho.
Biden condenou a tentativa de assassinato. Ele ordenou uma investigação sobre o ataque de sábado em um comício em Butler, na Pensilvânia, no qual a orelha direita de Trump foi atingida por uma bala, um apoiador foi morto e dois outros ficaram feridos antes que os agentes do Serviço Secreto matassem a tiros o suspeito de 20 anos, cujo motivo ainda não foi esclarecido.
A campanha de Biden se recusou a comentar as alegações de alguns republicanos de que seus comentários ajudaram a criar as condições para o ataque.
Em um memorando interno para a equipe no domingo, que foi obtido pela Reuters, os co-gerentes de campanha de Trump Chris LaCivita e Susie Wiles disseram que a organização adotará medidas de segurança adicionais após a tentativa de assassinato. Eles também pediram à equipe que se abstenha de usar uma "retórica perigosa"
"Condenamos todas as formas de violência e não toleraremos retórica perigosa nas mídias sociais", escreveram.
A convenção ocorrerá entre 15 e 18 de julho, com Trump encerrando o evento com um discurso na quinta-feira.
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