Trump adverte que provocará 'inferno' se Hamas não libertar reféns
O líder norte-americano aconselhou Israel a "cancelar" o acordo de cessar-fogo com o grupo islamista palestino se esse prazo não for cumprido
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou de "terrível" a ameaça do Hamas de adiar a próxima libertação de reféns israelenses e disse que vai provocar um "inferno" se eles não forem entregues antes do meio-dia de sábado. Para o chefe de Estado americano, Israel deveria "cancelar" o acordo de cessar-fogo com o movimento islamista palestino se esse prazo não for cumprido.
"No que diz respeito a mim, se todos os reféns não forem devolvidos antes de sábado às 12h em ponto — acho que é uma hora apropriada — diria que o cancelem, não se admitem mais apostas e que se desate o inferno", disse Trump.
O republicano acrescentou que "todos" os reféns restantes deveriam ser libertados, "não pouco ou pouco, não dois e um, e três e quatro e dois". "Queremos eles todos de volta", insistiu. Trump disse que provavelmente falaria com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre este prazo.
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Ele não entrou em detalhes sobre o que quis dizer com "inferno". "O Hamas vai se inteirar do que quero dizer", comentou. Ao ser questionado se descartava uma possível participação das forças americanas, Trump respondeu: "Vamos ver o que acontece."
O presidente também ameaçou interromper a ajuda à Jordânia e ao Egito se estes se recusarem a acolher os palestinos que ele propõe expulsar de Gaza para que os Estados Unidos "tomem o controle" do território. "Talvez", respondeu quando perguntado se suspenderia bilhões de dólares em ajuda.
Trump se reunirá com o rei Abdullah II da Jordânia em Washington no final desta semana.
O Egito rejeitou nesta segunda, em comunicado, "qualquer compromisso" que mine os direitos dos palestinos que vivem em Gaza, depois de uma reunião entre o chanceler Badr Abdelatty e seu par americano Marco Rubio em Washington.
Em entrevista à Fox News, Trump declarou antes que os palestinos não teriam o direito de retornar a Gaza sob seu plano de assumir o controle do território, que ele apresentou ao lado de Netanyahu em uma coletiva de imprensa conjunta na semana passada.
"Não, eles não teriam, porque terão moradias muito melhores", declarou Trump em um trecho da entrevista, quando questionado sobre o direito dos palestinos de voltar a Gaza, cuja maior parte foi reduzida a escombros pelo Exército israelense desde outubro de 2023. "Em outras palavras, estou falando de construir um lugar permanente para eles porque, se eles têm que retornar agora, levaria anos para que pudessem fazê-lo, não é habitável", apontou.
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