Papa Francisco muda funeral papal e pede para ser enterrado em um 'simples' caixão de madeira
Em novo rito formal, o Vaticano afirmou que Francisco renunciará a uma prática de séculos em que o líder da Igreja é enterrado em três caixões interligados feitos de cipreste, chumbo e carvalho
O Papa Francisco aprovou nesta quarta-feira (20) uma mudança significativa nos ritos funerários papais, optando por simplificar as cerimônias tradicionais. Ele expressou o desejo de ser enterrado em um caixão simples de madeira, descartando a prática secular de sepultamento em três caixões interligados, feitos de cipreste, chumbo e carvalho. De acordo com o Vaticano, o novo rito prevê que o papa seja enterrado em um único caixão de madeira revestido de zinco.
Além disso, Francisco não será exibido em uma plataforma elevada na Basílica de São Pedro, como foi feito com seus predecessores. Embora os visitantes ainda possam prestar homenagens, o corpo permanecerá dentro do caixão, com a tampa aberta.
Aos 88 anos, que completará em 17 de dezembro, Francisco enfrenta desafios ocasionais de saúde, como dores no joelho e nas costas, que o levaram a usar uma cadeira de rodas. Apesar disso, manteve uma agenda ativa, com viagens internacionais e a realização de uma cúpula importante no Vaticano em outubro.
A decisão de simplificar os ritos funerários reflete seu desejo de afastar-se da pompa tradicional. Ele também anunciou que será o primeiro papa em mais de um século a ser enterrado fora do Vaticano. O local escolhido é a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, onde costuma rezar antes e depois de suas viagens.
Mudança histórica
A última vez que um papa foi enterrado fora do Vaticano foi em 1903, quando Leão XIII foi sepultado na Basílica de São João de Latrão, também em Roma. Tradicionalmente, três caixões eram usados no sepultamento dos pontífices para proteger o corpo e armazenar objetos simbólicos, como moedas e documentos emitidos durante seus pontificados.
Ao renunciar a essas práticas, Francisco reforça seu compromisso com a simplicidade e com uma Igreja mais próxima das pessoas. A decisão marca mais um gesto do pontífice em alinhamento com seus valores de humildade e renovação.
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