Onda de violência no Equador deixa 10 mortos; 2 policiais estão entre as vítimas
Cidades do país registraram invasões, explosões e sequestros. Setenta pessoas foram presas
Entrando no segundo dia de uma onda de violência sem precedentes desencadeada por organizações criminosas, o Equador registrou 10 mortes, segundo informações divulgadas por veículos de imprensa do país, nesta quarta-feira (10). Entre as vítimas estão dois policiais baleados em Nobol, na província equatoriana de Guayas. As outras oito pessoas foram mortas em Guayaquil, a cidade mais populosa do país e capital da província de Guayas.
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Cidades equatorianas registraram invasões, explosões e sequestros nas últimas horas e setenta pessoas foram presas, também conforme informações divulgadas pela imprensa local. A Polícia Nacional do Equador citou em suas redes sociais a morte dos dois policiais, “vilmente assassinados por criminosos armados” em Nobol. “Este é o sacrifício que juramos à pátria e não descansaremos até encontrarmos os responsáveis por este ato criminoso”, acrescentou.
Ainda segundo a Polícia Nacional do Equador, os três dos seus agentes feitos reféns na terça-feira (9) foram libertados e 17 fugitivos recapturados. Além disso, foram apreendidas armas, munições, explosivos e veículos.
O que aconteceu
A onda de violência no Equador começou depois que o presidente Daniel Noboa decretou estado de exceção no país, na segunda-feira (8), criando um toque de recolher, restringindo os direitos de reunião, de privacidade de domicílio e de residência, e autorizando o emprego das Forças Armadas nas ruas para apoiar o trabalho da polícia. A medida foi tomada por Noboa após a fuga da prisão do criminoso José Adolfo Macías, mais conhecido como "Fito", chefe da "Los Choneros", uma das facções criminosas mais temidas do Equador.
Na terça-feira (9), com a escalada da violência, o presidente declarou a existência de um conflito armado interno em nível nacional e ordenou que as forças militares ajam para desmantelar 22 grupos do crime organizado transnacional, designados como organizações terroristas e atores não estatais beligerantes.
Diferentes países, entre eles o Brasil, Colômbia, Chile, Venezuela, República Dominicana e Estados Unidos, expressaram apoio a Quito e rejeitaram a violência.
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