Quatro policiais são sequestrados no Equador durante estado de exceção após fuga de líder de gangue
Em um vídeo difundido nas redes sociais, um dos agentes foi obrigado a ler uma mensagem na qual os criminosos afirmam que qualquer pessoa que estiver nas ruas a partir das 23h será executada
Em pleno estado exceção decretado nesta segunda-feira (8) pelo presidente do Equador Daniel Noboa, quatro policiais foram sequestrados, sendo três deles na cidade costeira de Machala (sudoeste), enquanto estavam de plantão, e outro em Quito, capital do país. "Várias ações criminosas ocorreram a nível nacional que mobilizaram nossas unidades para atendê-las", disse a polícia nesta terça-feira (9).
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Três dos agentes sequestrados aparecem sentados no chão, em um vídeo não verificado difundido nas redes sociais. Um deles é obrigado a ler uma mensagem ao presidente: "Declarou a guerra e guerra terá (...) Declarou estado de exceção; nós declaramos guerra a policiais, civis e militares. Qualquer pessoa que estiver nas ruas a partir das onze da noite será executada", diz, na gravação.
Daniel Noboa decretou estado de exceção após a fuga do líder da principal gangue de traficantes da prisão. Adolfo Macías, conhecido como "Fito", cumpria uma pena 34 anos de prisão na penitenciária regional de Guayaquil por crime organizado, tráfico de drogas e homicídio. Ele não foi encontrado na penitenciária durante uma operação realizada no último domingo (7).
Com a decisão do presidente, as Forças Armadas poderão intervir no sistema penitenciário. "Não vamos negociar com terroristas nem descansaremos até devolver a paz aos equatorianos", expressou Noboa, em um vídeo publicado em sua conta no Instagram.
O presidente do Equador informou que pretende construir duas prisões de segurança máxima - ao estilo da construída pelo presidente salvadorenho Nayib Bukele- nas províncias de Pastaza (leste) e Santa Elena (sudoeste), para isolar os detentos mais perigosos.
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