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Mulher é condenada por manter bebê escondido em gaveta durante três anos

A mulher escondia a criança para que seus outros filhos e o namorado não soubessem da existência dela

Beatriz Rodrigues
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Uma mulher foi condenada a 7 anos e meio de prisão, no Reino Unido, após manter sua filha escondida em uma gaveta embaixo da cama por quase três anos. De acordo com informações do Tribunal da Coroa de Chester, na Inglaterra, a criança foi encontrada por assistentes sociais, semanas antes de seu terceiro aniversário, apresentando condições alarmantes: desnutrição, cabelos emaranhados, deformidades e erupções cutâneas.

Durante o julgamento, foi revelado que a mulher, cujo nome não foi divulgado para proteger a identidade da filha, escondia a criança para que seus outros filhos e o namorado não soubessem da existência dela.

A existência da menina foi descoberta “por acaso”, após o parceiro da mulher ouvir um barulho após usar o banheiro e encontrar a criança em um dos quartos. O homem então saiu da casa sem levar a menina, porém, mais tarde, alertou os serviços sociais, que encontraram a criança sentada na gaveta da cama.

image A criança era alimentada de forma precária e não sabia o próprio nome (Foto: Reprodução/The Mirror)

 

Em um depoimento, a assistente social que presenciou a cena disse que perguntou à mãe se era lá que ela mantinha a filha. “Ela respondeu com naturalidade ‘sim, na gaveta’”, afirmou a profissional. “Fiquei chocada que a mãe não demonstrou nenhuma emoção sobre a situação. Eu, provavelmente, era o único outro rosto (que a criança) tinha visto além do da mãe”, completou.

Foi revelado pela promotoria que a criança era alimentada de forma precária, com cereal misturado em água e administrado por seringa, e tinha idade de desenvolvimento equivalente a um bebê de 10 meses. Ela também nunca havia saído de casa, não interagia com outras pessoas e passava longos períodos sozinha enquanto sua mãe levava os outros filhos para a escola e ia trabalhar.

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Em depoimento, a mulher admitiu que a menina “não fazia parte da família” e justificou suas ações alegando medo do pai abusivo da criança e desconhecimento da gravidez. No entanto, o juiz do caso, Steven Everett, considerou as explicações insuficientes.

Após declarar a mãe culpada por crueldade infantil, o magistrado disse: "Para mim, o que você fez desafia totalmente a crença. Você privou aquela garotinha de qualquer amor, qualquer afeição adequada, qualquer atenção adequada, qualquer interação com os outros, uma dieta adequada, atenção médica muito necessária. Você tentou controlar esta situação o mais cuidadosamente possível, mas por puro acaso seu terrível segredo foi descoberto. As consequências para (a criança) foram nada menos que catastróficas - física, psicológica e socialmente”.

A mulher de declarou culpada em outubro e foi condenada por crueldade infantil, incluindo negligência médica, abandono e subalimentação.

(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Mirelly Pires, editora de OLiberal.com)

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