Rússia classifica de 'completo fracasso' visita de Zelensky a Washington após bate-boca com Trump
Governo russo também acusou o presidente ucraniano de estar "obcecado em continuar a guerra"

A Rússia afirmou neste sábado (1º.03) que a visita de Volodimir Zelensky a Washington foi um "completo fracasso" após o bate-boca com Donald Trump, e acusou o dirigente ucraniano de estar "obcecado em continuar a guerra" com Moscou. A visita "é um completo fracasso político e diplomático do regime de Kiev", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em comunicado.
A porta-voz acusou Zelensky de ser "incapaz de demonstrar senso de responsabilidade", de "rechaçar a paz" e fazer uso de "mentiras e manipulações para justificar a continuidade das hostilidades e o recebimento da ajuda militar e financeira do Ocidente".
A visita de Zelensky a Washington na sexta-feira se transformou em uma altercação verbal diante das câmeras de todo o mundo, quando o presidente americano Donald Trump e o vice J.D. Vance acusaram o dirigente ucraniano de não agradecer a ajuda dos Estados Unidos e de rejeitar as conversas de paz.
Zelensky acabou saindo da Casa Branca prematuramente, sem firmar o acordo que motivou sua ida a Washington para ceder a exploração dos recursos minerais ucranianos em troca de garantias de segurança.
"Com seu comportamento excessivamente grosseiro durante sua visita a Washington, Zelensky confirmou que é a ameaça mais perigosa para a comunidade internacional como um belicista irresponsável", afirmou Zakharova.
Também acusou os dirigentes europeus de "debilidade política" e "pequenez" por terem apoiado Zelensky diante da "lição de moral" que recebeu em Washington.
Zakharova reiterou que os objetivos de Moscou na Ucrânia, que passam pela "desmilitarização" e a "desnazificação" do país e "o reconhecimento das realidades existentes no terreno", permaneciam "sem mudanças".
A Rússia, que lançou sua operação contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, reivindica principalmente que a Ucrânia ceda quatro províncias do leste e do sul do país, além da península da Crimeia anexada em 2014, bem como sua renúncia a integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Condições inaceitáveis, segundo Kiev.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA