Jornalista presa por criticar invasão na Ucrânia escapa da prisão domiciliar e foge da Rússia
Marina Ovsiannikova é ex-colaboradora do canal estatal de televisão da Rússia e havia sido acusada de espalhar notícias falsas sobre a guerra
O advogado da jornalista Marina Ovsiannikova, ex-colaboradora do canal estatal de televisão da Rússia que foi acusada de espalhar notícias falsas sobre a Guerra da Ucrânia, afirmou que a mulher conseguiu fugir do país, nesta segunda-feira (17). Ela estava presa na própria casa desde agosto, por conta de um protesto contra a invasão da Ucrânia, mas escapou da prisão domiciliar no dia 5 de outubro. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
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Ovsiannikova chamou a atenção do mundo ao interromper uma transmissão de um noticiário da televisão estatal ao vivo carregando um cartaz escrito "pare a guerra" e "estão mentindo para você". Em julho, do topo de um dique fluvial na frente do Kremlin, ela também exibiu um cartaz chamando Vladimir Putin de assassino e seus soldados de fascistas, o que resultou na prisão domiciliar. Ela foi condenada a dez anos de prisão.
Moscou apertou o cerco à imprensa e à oposição do governo de Putin desde março deste ano, quando entrou em vigor uma bateria de leis contrárias à divulgação do que fossem consideradas "informações deliberadamente falsas" sobre o Exército do país.
O advogado da jornalista, Dmitri Zakhvakatov, informou que ela está sob a proteção de um Estado europeu, mas não revelou qual é o país. A filha de Ovsiannikova conseguiu deixar a Rússia junto com a mãe, mas o filho permanece no País. "Em breve, tudo virá à público. Precisamos de algumas semanas", disse.
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