Conferência na Suíça irá debater plano de reconstrução da Ucrânia
Tropas russas seguem o seu plano de conquista no leste da Ucrânia
Uma conferência de dois dias se inicia nesta segunda-feira (4) em Lugano, na Suíça, com representantes de 38 países que visam tratar sobre a futura reconstrução da Ucrânia.
O projeto está sendo chamado de um novo "Plano Marshall", programa econômico americano que possibilitou erguer a Europa Ocidental das ruínas da Segunda Guerra Mundial. As informações são do G1.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participará do evento por videoconferência. Milhões de dólares em apoio à Kiev devem ser anunciados. A "tarefa é realmente colossal", mesmo que apenas nos territórios liberados, segundo Zelensky, sobre o objetivo da conferência que reunirá autoridades dos países aliados da Ucrânia, instituições internacionais e do setor privado.
O desfecho do conflito entre Ucrânia e Rússia permanece incerto, apesar da ajuda militar e financeira dos aliados e de um avanço russo muito mais lento do que o esperado.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro tcheco Petr Fiala, cujo país passou a assumir a presidência da UE por seis meses, e seu homólogo, Mateusz Morawiecki, da Polônia, país que mais acolhe refugiados ucranianos, estarão na cidade para o debate.
A conferência havia sido planejada desde antes da guerra onde o foco seria as reformas da Ucrânia e a luta contra a corrupção endêmica. O encontro pretende definir os princípios e prioridades de um processo de reconstrução do país.
Para Robert Mardini, diretor geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, é fundamental entregar “uma perspectiva positiva aos civis”, explicou ao canal público suíço RTS.
Investimentos
Segundo a Escola de Economia de Kiev (KSE), os danos a infraestrutura e edifícios giram em torno de US$ 104 bilhões, e a economia já perdeu 600 bilhões.
O Banco Europeu irá propor a criação de um novo fundo para o País, podendo chegar a € 100 bilhões.
O Reino Unido apoiará a reconstrução da capital e da região de Kiev, a pedido do presidente Zelensky, conforme informou o Ministério das Relações Exteriores, no domingo.
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Londres também planeja trabalhar com Kiev e seus aliados para sediar a Conferência de Recuperação da Ucrânia, em 2023, e estabelecer um escritório na capital do Reino Unido para ajudar a coordenar esses esforços de reconstrução.
Na França, o governo anunciou uma moratória até setembro sobre as expulsões de estudantes estrangeiros que se refugiaram no país, depois de terem fugido da guerra na Ucrânia. Segundo as autoridades, a medida deve beneficiar cerca de 200 pessoas. Atualmente, cerca de 3.500 indivíduos são contemplados por uma proteção temporária na França, após a invasão russa.
Carolina Mota, estagiária da redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.
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