Comandante do Hezbollah morre em ataque Israelense a Beirute

As fontes identificaram o comandante morto como Ibrahim Qubaisi. O ataque, no qual seis pessoas foram mortas, foi mais um golpe para o grupo apoiado pelo Irã, que enfrentou uma série de reveses nas mãos de Israel na última semana.

O Liberal
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Um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute, ocorrido nesta terça-feira (24), resultou na morte de Ibrahim Qubaisi, um importante comandante do Hezbollah, conhecido por sua atuação na divisão de foguetes do grupo militante. A ação, que vitimou seis pessoas, foi confirmada por duas fontes de segurança no Líbano. O episódio agrava a preocupação de que o conflito de quase um ano possa culminar em uma guerra total, com potencial para desestabilizar o Oriente Médio.

O Hezbollah, apoiado pelo Irã, já vinha sofrendo uma série de reveses devido aos ataques israelenses nos últimos dias. As tensões aumentam, especialmente diante do atual conflito entre Israel e o Hamas, aliado do Hezbollah, que ocorre na Faixa de Gaza. 

Este foi o segundo dia consecutivo de bombardeios israelenses contra áreas controladas pelo Hezbollah na capital libanesa, com o ataque focando o bairro de Ghobeiry. Uma das fontes de segurança compartilhou uma imagem que mostrava os danos causados no último andar de um prédio de cinco andares. O Ministério da Saúde do Líbano informou que o saldo preliminar da ofensiva foi de seis mortos e 15 feridos.

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Após quase um ano de confrontos com o grupo militante palestino Hamas, no sul, Israel agora direciona seus esforços para a fronteira norte, onde o Hezbollah tem lançado foguetes em solidariedade ao Hamas. "A situação exige ação contínua e intensa em todas as áreas", declarou Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior Militar israelense, reforçando que os ataques ao Hezbollah serão intensificados.

O Exército israelense já havia conduzido uma série de bombardeios na segunda-feira (23), que resultaram em mais de 500 mortes, segundo autoridades libanesas. Entre as vítimas, estavam 50 crianças e 94 mulheres, com outras 1.835 pessoas feridas. Os ataques provocaram um êxodo em massa, à medida que milhares de libaneses buscavam refúgio em áreas mais seguras.

Para muitos no Líbano, a escalada de violência trouxe à memória os conflitos devastadores de 2006, quando o país foi fortemente impactado pelos combates entre Israel e o Hezbollah. "Estamos esperando pela vitória, se Deus quiser, porque enquanto tivermos um vizinho como Israel, não poderemos dormir em segurança", afirmou Hassan Omar, morador de Beirute. Outros, como o motorista de táxi Afif Ibrahim, expressaram um sentimento de desafio. "Eles (Israel) querem que nós nos ajoelhemos, mas nós nos ajoelhamos apenas para Deus em nossas orações", declarou.

(Reportagem adicional de Clauda Tanios, Nadine Awadallah, Miro Maman, Ronen Zvulun, Dmitry Antonov e Sachin Ravikumar).

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