Bebê passa por cirurgia para retirada do feto do irmão gêmeo encontrado em sua cabeça
Menina de 1 ano passou por cirurgia para que fosse retirado da sua cabeça o feto de 10cm, ou seja, seu irmão gêmeo
Uma menina chinesa de 1 ano foi submetida a cirurgia após um feto de 10cm ser localizado em sua cabeça por exames de imagens. Em um caso extremamente raro, chamado de fetus in fetu (gêmeo parasitário), o embrião - que seria um dos gêmeos - teria se alojado no crânio da bebê enquanto os dois se desenvolviam no útero da mãe. O caso foi registrado em 2022, mas foi divulgado apenas agora na revista científica Neurology.
Segundo os médicos responsáveis pelo caso, o feto foi encontrado após os pais da criança procurarem o hospital para apurar os motivos da bebê ter um volume estranho na cabeça e apresentar um comportamento com dificuldades motoras.
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Um exame de tomografia diagnosticou, além de hidrocefalia - acúmulo de líquido no cérebro -, um feto no crânio da menina, de aproximadamente 10cm de comprimento, com membros superiores, ossos e unhas. A sua formação dá a entender que ele cresceu junto com a menina enquanto estavam sendo gerados.
A equipe de médicos não informou sobre o estado de saúde da menina após a cirurgia delicada e nem se ela sofrerá com sequelas, já que o feto estava no cérebro, órgão fundamental para o desenvolvimento humano.
O que é o “fetus in fetu”
Fetus in fetu (gêmeo parasitário) é um tipo de anomalia muito rara que acomete irmãos gêmeos, onde um dos feto - ou resquício de embrião - não viável ou malformado se desenvolve em uma parte do corpo do seu irmão gêmeo que cresce normalmente, como um parasita.
A maior parte dos gêmeos parasitas apresenta anencefalia, mas pode desenvolver membros e coluna vertebral. A ciência explica que a condição afeta um a cada 500 mil casos de fetos vivos e registra menos de 200 casos no mundo.
Em 80%, o feto parasita se aloja no abdômen do outro feto.
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(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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