Mulher com dois canais vaginais dá à luz gêmeos de tons de pele diferentes; entenda

A mulher possui uma má formação no organismo que influenciou para que os bebês nascessem diferentes um do outro

Maiza Santos

Uma mulher chamada Jade Buckingham, de 25 anos, chamou atenção na web após revelar que deu à luz gêmeos com tons de pele distintos um do outro. A britânica explicou o que aconteceu para as crianças nascerem com a diferença e afirma que agora, com quatro anos de idade, elas estão bem e saudáveis. Entenda:

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Apesar de ser um caso raro, a resposta para a diferença entre os bebês é que eles se desenvolveram em úteros diferentes. Jade descobriu, há cerca de sete anos, que possui uma má formação rara chamada útero didelfo. Após sofrer quatro abortos espontâneos, ela procurou um médico e soube que tem dois canais vaginais e dois úteros.

“Fiquei perturbada (quando descobri a condição), porque sempre quis ser mãe”, afirmou Jade em entrevista ao jornal Daily Mail. “Hoje, com 4 anos, meus filhos têm características físicas tão diferentes, que algumas pessoas duvidam que sejam gêmeos”, afirma a Jade.

image Gêmeos filhos de Jade (Reprodução: DailyMail)

O que é o útero didelfo?

A condição é resultado de uma má formação congênita. Devido a falha da fusão lateral dos canais müllerianos, a cavidade do útero é dividida em duas partes por uma membrana. Assim, forma-se dois colos uterinos e dois corpos uterinos.

Essa condição do útero didelfo só acontece em uma a cada 50 milhões de gestações, segundo os médicos que fizeram o parto. Além disso, de acordo com o jornal que divulgou a notícia, os bebês se formaram a partir de óvulos diferentes, com cordões umbilicais e sacos separados.

Na maior parte dos casos, uma mulher com esse tipo de má formação não tem muitas dificuldades para engravidar. Entretanto, o tamanho dos úteros costuma ser bem menor, ocasionando, assim, abortos espontâneos, como ocorreu com a britânica no passado. Outros sintomas também podem aparecer, como:

  • dor durante as relações sexuais
  • sangramentos intensos no período menstrual 

(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora Web de OLiberal.com, Adna Figueira)

 

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