Ataque de forças israelenses a campo de refugiados na Cisjordânia deixa seis mortos
Entre os mortos estaria um atirador do Hamas suspeito de matar a tiros dois irmãos de um assentamento judeu
Forças israelenses invadiram um campo de refugiados na cidade de Jenin, na Cisjordânia, nesta terça-feira (7), matando pelo menos seis homens palestinos armados. Entre os mortos estava Abdel-Fattah Kharusha, membro do grupo islâmico Hamas, suspeito de matar a tiros dois irmãos de um assentamento judeu próximo à vila de Huwara.
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Segundo testemunhas, os combates começaram depois que os moradores do campo viram soldados israelenses saindo de um caminhão de móveis perto de uma casa em uma colina com vista para o centro do acampamento. Os combatentes imediatamente abriram fogo. No tiroteio que se seguiu, as forças israelenses cercaram uma casa onde o suposto atirador se barricou com outros combatentes e usaram mísseis disparados por uma bazuca contra o prédio, disse um comunicado dos militares.
O ministério da Saúde palestino informou que seis palestinos foram mortos e pelo menos 16 ficaram feridos. Um membro da força policial israelense ficou ferido e outros três tiveram apenas escoriações leves. Segundo as forças israelenses, os dois filhos de Kharusha foram presos em um ataque ao mesmo tempo na cidade de Nablus, outro centro de atividade militante.
Em comunicado, o braço armado do Hamas apelou aos combatentes de seu povo em todos os lugares para aumentar a resistência armada contra a ocupação e "combatê-los em todos os lugares". O Hamas, que controla a Faixa de Gaza bloqueada, mas também tem combatentes na Cisjordânia, disse que Kharusha era um membro e que ele executou o duplo assassinato de Huwara, o último de uma série de ataques mortais contra israelenses por palestinos neste ano.
A invasão do campo de refugiados ocorreu em meio a uma escalada de tensões na região. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou os ataques do Hamas contra Israel e pediu a Israel que se defenda. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel responderá com força a qualquer ataque contra o país.
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