Após Patrícia Lélis entrar na lista de procurados do FBI, apoiadores de Bolsonaro reagem
Diversos políticos que já foram alvos de denúncias por parte da blogueira usaram suas redes sociais para comentar sobre as acusações contra a jornalista
Políticos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro reagiram à notícia de que a jornalista e blogueira Patrícia Lélis foi acusada formalmente pela Justiça dos Estados Unidos por suposta fraude de US$ 700 mil (cerca de R$ 3,4 milhões) e está sendo procurada pelo FBI, a polícia federal americana. Alguns desses políticos já foram alvos de denúncias feitas por Lélis, entre eles o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Em 2022, Patrícia fez postagens de conteúdo pornográfico falsamente atribuídas ao parlamentar. Na ocasião, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais exigiu a remoção das postagens, após a repercussão.
"Essa mentirosa, criminosa e sem escrúpulos é a mesma que me acusou de diversos crimes e fakenews. Nada como um dia após o outro", escreveu Nikolas.
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Em outra publicação, ele compartilhou fotos da jornalista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Nem toda petista, mas sempre uma petista", disse, na legenda.
"Tomara que o FBI encontre o paradeiro da mentirosa da Lelis, daí ela consegue ser intimada no processo que movo contra ela", continuou Nikolas Ferreira.
Quem também comentou sobre a situação foi deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), compartilhando o comunicado do FBI sobre o caso. "Tradução: "Cidadã brasileira acusada de fraudar investidores imigrantes. FBI busca informações sobre o paradeiro de Patricia Lelis Bolin"", escreveu.
Em 2027, Eduardo foi acusado de ter ameaçado Patrícia Lélis.
O deputado federal paraense Eder Mauro (PL) escreveu em suas redes sociais: "Fugiu dos EUA porque deu um golpe e está sendo procurada pelo FBI! Essa é a musa da esquerda...".
Acusações
Patrícia Lélis pode ficar até vinte anos atrás das grades. Segundo as acusações, ela teria oferecido serviços a imigrantes em busca de green cards, o visto necessário para permanecer em solo estadunidense. Ao receber o pagamento de US$ 135 mil (aproximadamente R$ 657 mil), a blogueira entregava certificados com numerações inventadas.
Os crimes teriam ocorrido em 2021. A Justiça americana ressalta que a brasileira não possui autorização para advogar no país e o dinheiro arrecadado com o esquema teria sido usado na reforma de sua residência em Arlington, no Texas.
Em suas redes sociais, a jornalista argumenta ter sido vítima de uma armação e afirma que deixou o território dos Estados Unidos. "Sim, o FBI no USA [EUA] está me 'procurando'. Mas já sabem exatamente onde estou como exilada política. Foram meses de perseguições e falsas acusações", escreveu.
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